Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Comedoria de Nádegas Holy Shit

"Your face, your ass, what's the difference?"
A verdade é que é isso que vejo por aí
Bundas que são mais marcantes que o rosto das pessoas que as expõem
E bocas que soltam mais fezes que seus respectivos órgãos anais

"Dane-se o amor e viva a ousadia" (gemidos em acompanhamento, please)

O fogo que vejo por aí faz o inferno parecer um lugar tão geladinho
Não quero esse calor pra mim nem com a desgraça

Eu sei (e como) que amor é difícil pra cacete
Mas a escolha mais fácil é uma deliciosa forma de autodestruir duma vez nesse mundo
em que a gente só se importa no fim com o orgasmo mais fuderoso e nada mais

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Demerdocracia (ou Como Destruir Ainda Mais um País)

Dizem por aí que esse papo de "minha geração era melhor que essa" é balela
Que é choro de velhotes incapazes de ver os avanços dos sucessores
Os sucessos deles, se se limitam ao material, quero mais que se explodam!

Geração que não aguenta um minuto de discussão, já transforma em confusão
Geração que cospe nos pais e aborta os filhos de antemão como sua solução
Geração que consome seu cérebro com ervas, drogas, bebida e badalação
Geração que reclama do governo, mas caga na urna um voto sem noção

Picham paredes e portas que Pedro Pedreira pintor pintou e se putou com tal putaria
Dizem defender a sociedade, mas a demolem por dentro e por fora, que defesa de merda é essa?
Se é essa a democracia que vocês defendem, o "poder por povo", mas só pro SEU POVO
Então se dane essa demoniocracia, pior que tudo que já vivemos em mais de um século de cabestro
Democracia? Meu p0vo!

Continuem a fazer melhor o papel das traças de Brasília e das câmaras de dePUTOdos e vereadores
Entre outras raças de vendedores de ilusões que vocês veneram mais que os santos da Católica
Gramsci do inferno deve rir satanicamente do stand-up de seus imbeceguidores cegos
Da demerdocracia ditatorial ateotáriana feminazista filhadaputista que destrói inda mais esse país

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Alegria, Prazer, Felicidade... do meu lado quem sabe

Eu te vi, você apareceu tão do nada e me fez ficar a sorrir
Mesmo sendo tão diferente, com tanta coisa diferente de mim
Por que o coração curte essas pirações? Por quê?

Pra ser sincero a você nem eu mesmo sei pr'onde vou nem donde sou
Até os que creem na mesma fé que eu relutam em crer que creio eu
Não me encaixo nem nos antigos da fé, nem nos novos, sei bem
No final eu acho que tou perdido em mim mesmo, ou são os sentimentos?

A civilização sentimental parece morta, mas não pela razão e sim pelo irracional
Pelo instinto carnal que nos impele a desejar o corpo temporal acima da alma eterna
Meu choro é porque não sei se também te vejo apenas assim ou desejo algo além que sei que tens
Ou será que só desejo que tenha? Ou poderia eu despertar isso, não sei, não sei de nada

Meu Deus, me sinto um inútil que não sabe nem ser alguém, nem ser alguém pra ninguém
Ajude-me, me torne uma mísera estrela, quem sabe ilumine o caminho de alguém
Quem sabe para poder visitar esse meu tão tolo coração, quem sabe seja você que queira me achar

domingo, 18 de dezembro de 2016

Politicâncer

Caçadores do que fazer por falta do que
Em seu anseio do chororô de não se ter
Nenhuma razão pra realmente viver
Sua ilusão é seu único rumo que se vê

Bocas do inferno atualmente não são críticas e sim papagaios de pirata
Repetindo repetindo repetindo as mesmas coisas sem reflexão, suposta devoção cega
Alguns falam "Os operários não têm pátria", mas choram por falta de aumento do governo
Outros gritam "Temos de ser cruéis. Temos de recuperar a consciência tranquila para sermos cruéis."
Demonstrando em si mesmos que não objetam o bem, ou o absurdo argumentum ad Hitlerium
Me perdoe a Lei de Godwin, mas no hay que endurecer, asi perderia la ternura ahora

ad nauseam ad nauseam ad nauseam ad nauseam ad nauseam ad nauseam
Qual o mantra que você repete agora, como um tumor maligno multicolorido e multipartidário?
NÃO VAI TER GOLPE ou DEIXA O HOMEM TRABALHAR?
CONTRA BURGUÊS VOTE XVI ou MEU NOME É BABACA, LVI?

O vermelho e o azul e o verde e o amarelo e meu estado de luto
Nenhuma cor desse arco-íris me dá uma luz no fim do túnel chamado Brasil
Pois cada dia mais esse túnel parece-me não ter norte, só o fundo do poço
E ele me parece quente como o inferno, cheio de demônios festejando em xícaras monumentais
"Pra passar tens de nosso pedágio propinístico pagar"

Enquanto o povo corre a passos largos dividido por muros, mas pulando no mesmo abismo
O abismo olha de volta pra gente e diz "obrigado por continuarem com suas fés em ideias mancas"
Todo "ismo" e seu ilusionismo que a ideologia que Cazuza pedia uma pra viver
Eu vejo homens tomando doses homeopáticas ou alopáticas dessas para beijar os lábios da morte

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Sem Verbas Para um Bom Título

A cada dia que passa, semanas, quinzenas, meses, anos, lá se vão
Não consigo mais encontrar conexão minha com nada do que vejo
This world drives me crazy, drives me insane
Meus gritos de pânico em pane deixam meu coração
Pois há 55 chances de minhas próximas duas décadas serem paralisadas em decadências

Na atual idade que estou não dá mais pra desafios virtualmente reais
A pegadinha da morte, dá morte, mundo bizarro, zorra total, fatal
Enquanto isso continuam algumas a expor o que então deveria ser inexplorável
A troco de tão pouco que tampouco dará um milésimo de segundo de satisfação definitiva
Somente a desilusão, decepção e outras negações que ultrapassam os velhos nãos

Não há salvação nesse lodaçal, nesse pantanal, lamaçal, areia movediça
Nosso passado e presente sem futuro gritando lá fora por socorro um grito de silêncio morto lá dentro
Os arrepios que sua carne causa na minha suor oleoso fragrância metano putrefação
Não reconheço nenhum governo, golpes murros socos explosões inflações e infrações
Tudo isso e mais uns hematomas me tomam a esperança de ver alguma solução a não ser venenosa

Não sei mais o que fazer dessa vida
Talvez o grito de Maranatha seja o que me resta somente, pois de resto já estou rouco de gritar
E de dedos osteoporosos e juntas artritosas de tanta escrita desprezada por vocês

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Serafim Rubro

Meu serafim... com seu rubro passo
Quero ouvir o seu canto suave, aquele que você emana para o Criador de sua beleza
Queria tuas asas me cobrindo, me dando conforto e me fazendo descansar
Enquanto contemplo cada fio de cobre que desliza de você

Brincar com esses fios... que passam por sua pele, clara como a luz do sol
Iluminando meu viver, eu me alegro todos os dias ao te fitar
Queria muito que o Senhor de todos nós pudesse me trazer você
Mas eu não sei se o destino Dele me quer contigo

(Poema meio perdido no tempo, feito em agosto de 2016)

Tumor Maligno (Humanidade)

Conheci diversas belezas, paisagens e também terríveis miragens
Eu cansei meus olhos em tudo isso e não me satisfiz jamais
Diversas tolices, preconceitos, distorções e blasfêmias S/A
Nossa promiscuidade diária agora é base para classificar a divindade

Estudar demais parece-me agora uma bela forma de enlouquecer
Tanta sapiência adquirimos, tão pouca solução esse monte de esterco nos dá até hoje
Saber tanto pra não saber sequer onde usar essa sabedoria estúpida
Tal qual a belezura de tantos e tantas que se resumem à fétida futura carniça imunda

Ciência e logia, tomos do abandono da consciência de nossa eterna dependência
Ideologias políticas, polígonos da confusão e da ilusão sanguessuga e cancerígena
No final todos terminam sentados em sua poltrona com correias e camisa-de-força
Aguardando pela papa envenenada e emburrecedora logo depois dos comerciais

Nosso simbolismo permeado de perversões e contradições
Nos levam à conclusões precipitadas, pulando no precipício
Tão perigosas quanto o tradicionalismo cego, surdo e manco
Apenas percebe-se que de nós unilateralmente só provém tolices funestas