Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 23 de dezembro de 2017

Sequência de Amor


Sei que Papai Noel não existe
E por isso prefiro pedir a nosso Deus
Que traga-me a tua pessoa para mim
Um desses amores que nunca acabarão
Em tantas dificuldades que certamente podemos passar
Nenhuma delas seria capaz de me fazer te desistir
Cada uma destas dificuldades tornar-se-ão tijolo e cimento
Indicados para construirmos nosso castelo de amor
A cada dia mais e mais sermos um só

Deixo claro para ti meu bem:
Estou presente contigo até quando ausente, e você assim comigo também

Amar é mais que estar juntinho, é mais do que palavras, poesias e similares
Mas é uma sequência de atos, gestos e verdades que construimos juntos
O Deus do amor possa ser louvado e nos leve a sermos mais e mais um só coração
Realizando essa certeza que é uma fonte infinita, uma sequência de amor sem fim!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Vamos Fazer NOSSO Filme (homenagem a Renato Russo/Legião Urbana)

Nesse mar de coisas passageiras eu peguei a lotação para o paraíso eterno
Com teu amor dentro de mim jorrando para te preencher do meu
O coração da gente bate rebatendo tanta tacada ruim dessa vida, cruel jogadora de ilusões
Minha visão profética é te fazer feliz em nosso viver

O sol hoje nasceu dizendo bom dia ao verão e ao calor de teus braços deslizando em mim
O céu abriu-se e a chuva rendeu-se ao brilhar de meus olhos ao paralisar no mel dos teus
Desejoso de nessa doçura mergulhar e me afogar e me tornar habitante de teu habitat
Teu amor me faz mascar e cuspir fora todo gengibre do ódio gratuito que o sistema nos enfia
Pelos ouvidos e olhos nos consomem de fora pra dentro e de dentro pra fora seu terror crescente
Mas fiz meu cinema parar disso e decretei falência à franquia de horror sem chance de continuações
Agora estamos filmando um campeão de Oscar de:
- Melhor Diretor, Direção de Arte e Roteiro: Deus
- Melhor Fotografia: Nossos olhos
- Melhor Trilha Sonora: Um baita hard rock sobre nós dois
- Melhor Atriz: Você
- Melhor Ator: Eu
- Melhor Filme: Nós Dois, Para Sempre

Prepare seu melhor vestido de noiva pois estarei à sua espera junto ao premiador
E juntos vamos celebrar para sempre nossa vitória chamada AMAR!

"E hoje em dia como é que se diz 'eu te amo'?"
Eu digo assim, eu digo assado cozido frito grelhado ou até sushi
Como você quiser e se deliciar forever com my te amar <3

(Homenagem à música "Vamos fazer um filme" do Legião Urbana, e ao solstício de verão - 21/12)

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Ontem foi janeiro

Ontem foi janeiro
Tudo passa tão rápido e aproveita-se tão pouco
Olhar pras folhas do calendário que passaram
Os dias marcados e bem poucos cumpridos
Tão compridos, tão curtinhos
Passam devagarosamenterrápidos
Não curtimos o que valeria a pena
Que pena, o vento carregou as horas do relógio
Aquelas que poderia ter preenchido com você
Aquelas que Deus levou, mas não me deixei levar por Ele

Eterno, faz-me fugir desse presídio consumidor
Em fé na esperança de Teu amor resgatador
Que lance-me da finita fome infinita do relógio
Pra infinita satisfação de Tua eternidade
De ter dentro de mim não o corre-corre do dia-a-dia
Mas escolhi esperar caminhando e trabalhando
Para que de nossa colmeia colhamos o mel
Que brilhando em teus olhos dar-nos-á forças
Até à eternidade, quando diremos
"Ontem foi quando? Não importa... o amanhã será eterno!"

(Recife, 03/12/2017)

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Bem Querer Bem

Quero te agradar muito além de beijos
Te agradar além dos abraços
Te admirar muito mais que só teus olhos
Te desfrutar bem mais que teu corpo
Te desejar ademais de teus lábios
Te respeitar mais além de nossas diferenças e até pequenos desentendimentos
Que eles sejam tijolos e nossas reconciliações o cimento vindo dos céus
Para construirmos mais e mais nossa estrada e nosso castelo forte protegido por nosso Senhor
Quero todo dia relembrar cada detalhe seu, teus pensamentos, companheirismo, sentimentos
E até teus defeitos, por que não?
Eu também tenho os meus, a gente se ajuda a vencer cada um, sei bem que sim
Nem os maiores ou menores poemas, os melhores e mais majestosos versos meus
Conseguiriam traduzir o que desejo, o que anseio, o que busco, o que oro a Deus diariamente
Para nós

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Todo mundo é uma ilha, e a minha quer virar um continente com a tua


Deixam-nos à deriva aguardando um dilúvio nos carregar pra longe dos barcos de resgate
Quiçá sabe lá se nessa tábua nós dois sobrevivamos, ou juntos morreremos abraçados
Mas desse abraço tão inseparável ninguém consegue nos largar, nem à distância
Sua presença é vívida até nos meus momentos tão mortos dentro de mim mesmo

Seu olhar penetra o meu, ofusca-me e cega-me no enxergar profundo de teu ser
O mel que tanto desejei em terras distantes encontrei em ti, minha prometida, minha Canaã
Hoje amanheci morto, mas revivi com as palavras mágicas de tua voz, de ti
Ah, desaparecem todos os medos quando o segredo está em te abraçar com coragem de quem ama

Eia, tentam jogar-me na cova dos leões, eles dormirão ao meu lado como gatinhos manhosos
Mulher bonita nesse mundo tem as tulhas, mas mulher como você achava que só existia em sonhos
Vai ver estou em Oz e não consigo acordar, com essa pérola negra reluzente em meu céu
Sei apenas no final que não há nenhum lugar como nosso lar, nosso eu e tu, um

Encontrei uma ilha, rara, tão desejoso quero abraçar-me a ela
É você, meu bem, minha cara, minha bela

sábado, 4 de novembro de 2017

Tratado Acerca do Mel Vol. I de Infinito

Quem sabe um dia enfim assassinemos os mitos e paremos de crer em soluções fáceis
Quando eu voltar à órbita da Terra espero ver dias melhores pra sempre mesmo
Dias em que o mundo acorde de sua hibernação tão tola no braço esplêndido da alienação
Matar os semideuses que não salvarão ninguém, nem a si mesmos, da própria destruição

Ainda faltam-me palavras entretanto pra definir meu anseio
De encontrar um mundo livre S/A pra me abrigar da chuva de meteoros de dedos apontados a nós
Mas meu nó se prende ao teu enfim, baby
Quero ver quem poderia nos desgrudar quando o nó Divino terminar esse cordão de 3 dobrões

As asas se abriram, a rosa desabrocha e anuncia que os frutos estão chegando
Seria os nossos, para alegrar o mel dos teus olhos que eu quero provar?
Desliza essa doçura pelos teus lábios que não largam os meus nem nos sonhos
Quero a três matar: Minha fome, minha vontade e minha saudade de você

Em meio a esses loucos normais nós normalmente vamo viver um louco amor
Contra todo o mal, lógica, até no dia dos mortos a gente faz viver nossos corações
Apaixonar parou de ser medo, virou ambição minha em meio a essa guerra
Me esconder em tua terra que mana leite e mel

sábado, 28 de outubro de 2017

A esperança em óculos 3D vendo tuas mãos saindo de minha imaginação pra me resgatar


Remetente:
Sentimental imbecil num mundo de inteligentes seres desprovidos de sentimento e fãs de maltratar.

Dolorido ontem hoje e sempre
Perdido nesse curral de sete bilhões de anormais tentando ser mais normais que o resto dos tais
O tempo e a história viram estória da carochinha ante a ilusão de óptica que também é de ótica
Olho escuto e não percebo mais pois tá tudo só no mas sem paz

"Se eles querem meu sangue, verão o meu sangue só no fim"
Os vampiros sanguessugas da nação dos Babacas S/A avisam o apito do clamor do alerta do pânico
Babar o que o sacerdote pastor padre médium profeta rabino astrólogo babalorixá determinar
O dono do partido e o da multiuniversal tão prontos com seu fast-food de arsênico e cianureto
Bon apetit

As balas que avoam perdidas pelo ar loucas pra se acharem no próximo óbito nas notas dos jornais
Minhas palavras sopradas como vela de aniversário apagada e esquecida junto o pedido supersticioso
Eu pedi você, mas perdi-te quando joguei a mim mesmo pro papa-metralha carregar minhas ruínas
Não lembro-me mais se tinhas rubros capilares, íris de mel, oriental olhar ou cachos de mar castanho
Mas ainda recordo que fazes parte do meu sonho de deixar de ser reles poeta e construir realidades
Músicas e canções que ocorrem por meio de nós e não só um sonho solitário de alguém tão eu tão só
Tentando esquecer com esse sonhar o real mundo despedaçando-se em egoísmos e maldade humana
e a me despedaçar e a despedaçar de mim a esperança que há em querer aprender a te amar
e te ensinar a me amar.

Cordialmente me despeço implorando a Deus que não permita ser apenas pra mim outro maldito adeus

Endereço: Você, se quiser fazer-se mais que um devaneio de um tolo tal qual eu

sábado, 14 de outubro de 2017

Eu -> Menu -> Preferências -> Você

Eu quero amor
Mesmo que todos prefiram ejetar a atômica Bomba "O" de Ódio contra seus adversários ideológicos

Eu quero paz
Mesmo que todos prefiram colecionar o próximo arsenal de bravatas e Uzis ante o vizinho d'outra cor

Eu quero esperança
Mesmo que todos prefiram ver ela morrer na praia contrariando o velho ditado sobre sua imortalidade

Eu quero vida
Mesmo que todos prefiram os programas policiais como a verdade vendo os navios malassombrados

Eu quero verdade
Mesmo que todos prefiram tapetes engrossados por poeiras e caveiras ocultas sob seu quente manto

Eu quero liberdade
Mesmo que todos prefiram crer opções politicamente incorretas de dois lados duma moeda inválida

Eu quero sobriedade
Mesmo que todos prefiram pular corda nas celas abissais de uma overdose psicotrópica quaisquer aí

Eu quero arte
Mesmo que todos prefiram aberrações caóticas da filosofia relativista pós-moderna que destrói ídolos
Destrói tudo que veio de trás por um dadaísmo mastigado e vomitado tão errado e artificial criado

Eu quero beleza
Mesmo que todos prefiram o photoshopeamento novelístico ou as curvas pornográficas popozuísticas
Se "só dá tu" e nenhuma saída pros meus ouvidos, Beethoven me aguarde no otorrinolaringologista

Eu quero salvação
Mesmo que todos prefiram o misticismo de pseudodefinições de um deus-fantoche de egoístas
Mijar no cachorro é algo que nunca vi nenhum poste realizar, por que diabos seríamos os primeiros?

Eu quero solução
Mesmo que todos prefiram bazucas à esquerda e à direita, salvadores da pátria fajutos capa de revista
Em sua luta para cada dia mais poder ter pra si mesmos e levar-nos a implorar eutanásia cerebral

Eu quero vermelho em cachos sobre um rosto sardento e belo
Mesmo que todos prefiram esse vermelho em bandeiras vazias com suásticas, foices, martelos, etc
Ou correndo de vítimas de latrocínio ou dos seus algozes que dizem ser bons só a 7 palmos do chão

Eu quero música
Mesmo que todos prefiram glúteos esfregando no salão e nas calças explodindo de irresponsáveis
Depois doutora não reclame da dê esse tê com nome em inglês, ou de carregar 9 meses de abandono

Eu quero ser homem
Mesmo que todos prefiram ser Peter Pans pra sempre brincando com a vida, sentimentos e genitálias
Mesmo que todas prefiram só supostos galãs que usam bem a fala, o falo, mas não a responsabilidade

Eu quero uma mulher
Mesmo que todos prefiram bonecas sexuais de carneosso e empregadas sem salário e de hematomas
Mesmo que todas prefiram tentar carregar masculinidades que nunca tiveram nem jamais terão a vera

Eu quero Deus
Mesmo que todos prefiram empinar o nariz como tolos superiores que vivem em depressão diária
Mas se acham fortes até mesmo quando sua força resume-se a usar seu prestobarba nos pulsos

Eu quero eu
Mesmo que todos prefiram qualquer um outro, inclusive nem se prefiram de tão perdidos dentro de si
Eu quero saber com plena ciência que sou alguém e valho de verdade para você, meu bem

Eu quero você
Mesmo que você prefira qualquer um outro - ou outra, vá lá saber, nesse mundo cheio de preferências
O meu menu não me permite desajustar essa opção tão insólita que é sintonizar-me só em ti e por ti

sábado, 7 de outubro de 2017

Perdido no Tempo Pós-Moderno com Pirulitos Zorro e Cavalheirismo Esquecido

Saudoso tempo que não mais sedoso nesse planeta seboso
Na fé, esperança e amor que levo no peito alguns viram plateia e me tiram de Bozo
Passa de mim esse cálice, Senhor, pois eis que pesado é essa humanidade tortuosa
Faça-se a vontade Tua, dá-me pois dessa cruz que carrego uma bênção voluptuosa

O individualismo barato que torna-nos tão fortemente fracos fracassados
Intolerantes ao glúten, à soja e à opinião alheia seguimos correndo desmaiados
E eu perdido nesse tempo cyberstreampunk pós-apocalíptico e pós-moderno
Não perco tempo com as estações modais sacais da tendência atual, só vislumbro o Eterno

Antissocial antimoderno anti-hodierno anti-anti-anti-antiquados
Antas cegas caminhantes ao poço abismal sem fim da incoerência e pintados em poeirentos quadros
Prefiro abandonar meu auto-amor egoísta a autodestruir-me na solidão
O fake amor nascido de carência múltipla de órgãos não me é suficiente, não preenche meu coração

A vida é muito mais do que fotografias na parede de um quarto fechado
A Verdade é muito além de um manual de instruções se não for vivido e caminhado
O amor vai mais alto do que um suprimento de desejos carentes de dois ou mais pobres feridos
A morte não é somente o fim de tudo, quiçá a constatação de que os sonhos não ficaram perdidos

Ah você bela dama, debaixo de teus cachos vejo em ti alguém tal qual eu, alguém ímpar
Que tal resolver esse impasse, desimpedir, desempatar, sermos tão-somente par a par
Estarmos a par de tudo e caminharmos sem medo no fio da navalha desse planeta desolado
Com suprimento infinito de caramelo e amor real, minha dama, de seu cavalheiro sempre a teu lado

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Complexa Compleição em Completude da Completitude

O que sei de mim é que a solidão me fez forte
E se caso tiveres sorte, saberei dividir o que de melhor comigo guardo
Aguardo até você ter a chance de ver em mim de tua fome a morte

O que sei de mim é que sofro de uma terrível deficiência ocular
Tenho deficiência lacrimal
E chorar no final é algo que não perco meu tempo mais a me derramar

Eu te quero ser teu suplemento - e você meu seja também
Para ampliar a nós mesmos como dois-em-um
Não desejo eu complementos - já completo sou a anos, ainda bem
Que você também já entenda-se assim, sem me querer como complemento algum

Cansado dos Goebbles da mídia da esquerda e direita
Repetindo mil vezes as mesmas sinceras mentiras pra me convencer
A polícia do pensamento tá dos dois lados da moeda nessa rota rôta e estreita
Meu crimideia de ti impessoa de duplipensar bempensante, seu negrobranco, não vai me crimideter

Damnatio Memoriæ, o melô do drama é minha comédia
Tão pouco engraçada quanto a desgraça pouca de boba do diário e obrigatório programa partidário
Macaco vê, macaco faz... e duvidosamente entenderia as tramas dessa tragédia
Acompanhantes de baixa classe querem que ejetes todo o teu erário

Eu prefiro gastar com meu eu e seu se o teu souber dividir
os fardos e jugos sem culpas nem medos
Aprender de mim e dos pensamentos tolos, ideológicos e fugidios desse sistema fugir
Nenhuma explicação que só complica, deixa lá fora, fecha a porta do quarto, dá-me teus segredos

Se chamas tua magia de branca ou negra, não me importa
Não quero teu feitiço, sortilégio ou encantamento enchendo meu saco em minha porta
Amor não é prisão sentimental
Ou isso é verdade ou seria eu apenas um estúpido débil mental?

Daí escuto A Lâmpada de Edison acesa pelo Joelho de Porco a cantarolar
que "hoje é o passado do futuro", e o futuro é só o hoje e o ontem a gritar
Que a abominação da desolação fique bem longe de meu viver
E o teu venha a ser mais que mais um, sejamos um conjunto de completos a em tudo se entender

sábado, 23 de setembro de 2017

Aguardando mais um fim do mundo comendo bolacha maria e tomando vinho falsificado


As notícias lá fora do coreano e do americano em uma partida de telecatch com socos nucleares
Correndo por fora da competição iranianos, indianos, chineses, russos e alguns não confirmados
E no Brasil todos esperam qual o próximo que rolará Planalto abaixo junto com os empregos do país
Mais é claro que o sol vai voltar amanhã, se as previsões mais uma vez se confirmarem em fracassar

E eu ficar aqui na minha cadeira de praia de óculos de sol e sunga cor verde-mar
À beira mar de Rio Doce aguardando mais um fim do mundo
Comendo aquela bolacha maria que algum tapado vai discutir comigo e chamar de biscoito
E tomando vinho falsificado por falta de grana pra um português - quiçá uma água de côco, vá lá

Se tiver a fim de assistir outro espetáculo do crepúsculo dos humanos-deuses brincalhões
Aqui do meu ladinho, eu ofereço uma sombra maior em meus braços que o guarda-sol ao lado
Quem sabe numa semana na semana que vem mudem de ideia ou comecem uma nova sessão das dez
Com um trem das sete trazendo mais arautos da morte certa aguardando o próprio suicídio ideológico

Sabichões coletaram espionaram captaram seus drones protozoários de suas patologias paranóides
Parabólicas que não transmitiram pra mim esperança alguma, não transmitirei o dial pra você
Prefiro dessa long neck da sua vida sorver os detalhes tão pequenos de você
Vai que viram de nós dois com registro irrevogável de comunhão de bens recordatórios do viver

Quer ser minha Marla Singer e ver eu Jack Narrator mandar meu Tyler Durden pro inferno
E junto com ele todos esses edifícios de problemas, dúvidas, caos, miséria blá blá blás mimimis?
Terminar tudo num quarto iluminado em parafinas, das delícias paladares das núpcias divinais
Enquanto lá fora o mundo continua a acabar mais uma vez e o nosso está só por começar...

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Jogando Amarelinha Sobre o Brejo das Almas

Nesse mundo pantanoso
Em que governam dois sapos-boi
Disputando pra ouvir e ver
Quem infla mais o seu gogó
E dá o grito mais ecoante
Será que a bomba falará mais alto?

Quando o sim sempre nega o não
Será isso a liberdade da escravidão?
O crer patrocinado midiaticamente
É tão-somente um crer padronizado
Manipulado por ateus brincando de deus
Redigindo sua bíblia num alcorão
sobre uma mesa branca guiado por uma ouija
(Mamom seja louvado!)

Nessa vida amarelinha
Já fui aos pulos resgatar pedras
Do inferno ao céu basaltos de coração
Pelo calor do amor em fusão
Verteram qual o sangue do Crucificado
- Tenho uma porção pra dois tonight, baby
Quer ter a honra de comigo desfrutar?

Ou vais continuar do lado de lá da amarelinha
Aonde as duas primeiras estrofes são tudo o que existe
E nada mais resta?
...
(Nada além dos vãos lamentos mudos
Caindo nos ouvidos de um sistema surdo
No brejo das almas
Nosso vil mundo
De sapos se passando por príncipes e reis

sábado, 16 de setembro de 2017

Carta de Suicídio

Estou me matando
Diariamente, com doses letais controladas de sociedadecidina
Somadas com pitadas em pó de politicagermina
Em cores azul e vermelha, do gosto do cliente, ainda que de custo e efeitos iguais

A motivação talvez é simplesmente uma doença
Chamada faltadeopçãomielite
Não há outro mundo nesse sistema solar ou galáxia que dê pra eu escapulir
Só em outra dimensão o Cão do Céu continua a guardar um descanso pra minh'alma atormentada

Se essa carta encontrada for dilacerado estarei
Num sarcófago aguardando meu retorno embalsamado estarei
Pois nas estrepulias dessa vida me estrepei demasiadamente
Agora resta-me aguardar noutra vida longe desse vivermorrer no sistema corrupto daqui

Daí aquela canção da Marlene Dietrich me relembra que
a gente tende costumeiramente escorregar tropeçar e cair em paixões novamente de novo
Essa carta mostrar-me-á que eu de fato matei-me
Matei a minha vida tola e decidi nascer de novo melhor ainda só para você, bebê de olhos de mel

Prefiro viver morto pra esse planeta bobo que não valoriza-nos em nada do que é bom mesmo
que encher de hits do bundalelê jabazístico brazucal e terminar no lixão
Meus CDs e livros e eu os recolhendo e aumentando o efeito estufa
Com o lixo que um dia eu escrevi e tantos consumiram até passarem mal e vomitarem em mim

Não sou guiado pelos decotes nem seios espremidos para fotografias virtuais de derrubar queixos
Eu prefiro manter minha mandíbula em seu lugar, inda que ela trema com esse criogênico mundo
Almas congeladas em promoção expostas na sorveteria em leilão infernal
Eu prefiro continuar morto para não ser magneticamente sugado para esse freezer satânico

"Eu sou um homem emocional
homem emocional com lágrimas obsoletas
acho que sou apenas um homem emocional
homem emocional com sentimentos fora do lugar"

Concluo essa carta de suicídio
Com um final abrupto de um viver para mim mesmo
Deus que viva em mim e por mim, assim poderei viver enfim
Para poder ter vida a dar para ti e para todos que me lerem assim

Ass: JD

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Experimentações I

Abstracionismo


ABSTRATO
   ESTRATO
       TRATO
        TRÁ?
               TÔ!

___________________________________________

Ciclo Cultural


   L       I
      DO
X            O

O            X
       Oɐ
   U       L
    
 
__________________________________________

Legiscídio do Artigo 128

F de Falsa libertária
E de Estupidez
M de Mentirosa
I de Ignorante
N de Nonsense
A de Assassina
Z de Zureta
I de Imbecil

__________________________________________

Tabuleiro de War

Crimes de guerra
                 guerras
             que
Crimes?
                 guerras
              são
Crimes
           ou não?

Depende do ponto de vista de quem faz
                                            de quem luta
                                            de quem foge
                                            de quem morre
                                            de quem lucra
               com
                  guerras
Crimes?
                        ONDE?
__________________________________________

Viagem de Tiago à ilhas da Oceania

TAITI
TAÍ
      TI?

__________________________________________

Convite a minha querida

WOUNESSA.
WAINESSA?
WAM'NESSA!

__________________________________________

Por ora é só

(Experimentações feitas entre 1 a 11 de setembro de 2017).

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Insanamundi


Mundo insano mundo
Em que morte vira notícia principal
Em que corrupção é atração máxima
Em que traição é cousa normal
Em que eu não me sinto nele em ele mais a tantas luas anuais atrás

Ah mundo insano
Onde as estrelas supostamente guiam mais os caminhos nossos que nossos pés e vistas míopes
Onde sonhamos alto tão tão alto aguardando tão-somente derraparmos ao abismo fatal do fracasso
Onde não sei nem donde nem pr'onde haveria uma rota pra não morrer no maremoto bem na praia
Onde tacha-se como loucura o que faz bem de verdade e celebra-se a normalidade da autodestruição

Ah mundo insano mundo
"Se meu nome fosse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução"
Mundo vasto mundo - devastas meu coração
Até quando, cruel insano mundo?

Ah insano mundo
Que não me destes a fausta sorte de deparar-me em vida ao vivo com uma bem-aventurada peregrina
Me fazes lamentar o nefasto azar do distanciar-me progressivo de meu ser para o da que venero
Musa desse mundo insano mundo que ensandece-me ao contemplar teu oriental mistério no olhar
Teria eu como desvirar essa rotação insana do mapa-mundi e enfim abraçar-me realmente a ti?

terça-feira, 5 de setembro de 2017

O Cabrum


Cabrum
Há quem diga que tudo começou de um
Alto, claro, no vácuo vazio infindo
Não sei se assim procedeu, mas que tudo foi como uma explosão de vida, ah se foi

O cabrum do coração no útero materno
Anunciando que nova vida vem
Será mais um que nascerá já com uma "bênção" sem ser sua culpa?
Ou mais um que nasce pra liberdade e crescerá para morrer crucificado pelo sistema?

Em cabrum terminam-se relacionamentos por vezes
Desfaz-se as amizades, em especial as tão atualmente virtuais
Quando o embate, diferenças irreconciliáveis pelo muro do orgulho mútuo estúpido
Capaz de afastar até quem mal se conheceu num match desastrado de um Tinder

O cabrum de uma pistola, um revólver, uma AR-15 ou uma shotgun
Em cheio causa um cabrum no ziriguidum turuntuntum cardíaco humano ou animal
Violentamente encerrando a orquestra sinfônica de mais uma vida
Por todos os motivos do universo que se resumem à palavra "injustificável"

O cabrum é um som desafinado teleguiado
Que em fusão nuclear desfaz-nos em partículas subatômicas
Um presente de grego de coreanos, russos, hindus, paquistaneses ou estadunidenses
Qual remetente nos trará essa carta-bomba para nossa caixa postal?

Cabrum
Há quem diga
que tudo terminará em um
Cabrum

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O cabrum tenta calar o amor, silenciar nossos poemas
Mas ainda que consuma-nos como as rosas de Hiroshima e Nagazaki
Nosso perfume de alguém que ama de verdade não se extinguirá jamais
Num mundo que restarem somente baratas e escorpiões, os que amaram não morrerão completamente

"No mundo, em cada face
Há ansiedade, uma grande expectação
O que virá?"

(S8 - O Que Virá!)

Homenagem aos poemas "A Bomba" e "A Flor e a Náusea" de Carlos Drummond de Andrade e "Rosa de Hiroshima" de Vinicius de Morais. Alguns trechos extraídos de "Até Quando Esperar?" de Plebe Rude, "Crucificados pelo Sistema" de Ratos de Porão e "Erupção" de Catedral.

sábado, 19 de agosto de 2017

Nome aos Bois - Segundo Round

Lula
Temer
Dilma Rousseff
Bolsonaro
Gilmar Mendes
Aécio
Pedro I do Brasil e IV de Portugal
Ivã o Terrível
Mao
Deng
Brutus
Renan Calheiros
Renildo Calheiros
Ramsés II
Neto
Kajuru
Nero
Beira-Mar
Claudia Leitte
Roberto Marinho
Jô Soares
Victor Civita
Mino Carta
Youssef
Edilson Pereira de Caravlho
José Mayer

Ulstra
Sininho
Guevara
Jean Wyllys
Chavéz
Maduro
Castor de Andrade
Ricardo Teixeira
Trump
Kim Jong-un
Kim Jong-il
Bush Pai
Bush Filho
Charles Windsor
Putin
Erdoğan
Benjamin Netanyahu
Jorgina de Freitas
Kirchner
Kervokian
Bruno Fernandes de Souza
Sarney

MC Tróia
Ariano Suassuna
Mãe Dinah
Walter Mercado
Karl Marx
Scolari
Gramsci
Zuckerberg
Derrida
Odebrecht
Simone de Beauvoir
Hildebrando Pascoal
Maluf
Abdelmassih
Chipkevitch
Olavo de Carvalho
Julio Severo
Berzé
Roberto Magalhães
Cauê Moura
Nando Moura
Felipe Neto
PC Siqueira
Sottomaior
Madalyn Murray O'Hair

Felipe Melo
Charles Manson
Quércia
Dahmer
PC Farias
Varg Vikernes
Regina Cazé
Pitty
Siro Darlan
Pedro Bial
Sérgio Naya
Bin Laden
João Kléber
Monteiro Lobato
Geraldo Júlio
Paulo Câmara
Gondim
Doria
Caio Fábio
Paulo Henrique Garcia

Kamilla Werneck
Wladimir Costa
Edir Macedo
Kadafi
Jimmy Swaggart
Pat Robertson
Henrique Meirelles
Dado Dollabela
Guilherme de Pádua
Saddam
Wallace Souza
Marco Feliciano
Valdemiro Santiago
Silas Malafaia
Mara Maravilha
Ricardo Barros
ACM
Gretchen
Irmão Rubens
Jacilda Urquiza

Epitáfios de Titãs

Não prefiro ser metamorfose ambulante
Tampouco vou me limitar a ficar no lugar que o falso moralismo ou o politicamente correto impõem
Afim de vazar e esvaziar minha caixinha de tristezas numa lixeira qualquer
E nem lembrar mais onde ela foi parar, só aguardar um abraço e um beijo de quem ama-me

Eu tenho fome de que? De você, até o fim da vida
Sem me preocupar em dar nomes aos bois que intentarem nos pisotear, posto que não haverão
Faz-se necessário meu versificar de tua presença a qual, se ausente, me anula por completo

"Quem é que pensa: é a cabeça ou o coração?"
"É questão de substância!"
"Agora todo o mundo na real!"
"Que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é"

Eu cansei de acreditar que a vida é um jogo, cada um por si e Deus contra todos
Os dados que Deus não joga eu não os uso nessa mesa de apostas viciadas
Meu sa-lá-ri-ô desvalorizou... mas eu tenho dentro de mim tesouros de valor incalculável

Alguns até pensariam que Jesus não teria dentes no país dos banguelas
Estranho que num mundo sem santidade Ele foi o único a morrer sem crime algum
Os bichos escrotos saem dos lixos, dos palácios de governo e legislativos, até de templos eles vêm

E você ainda perderia tempo com tudo ao mesmo tempo agora?
Ou caminhamos até encontrar aquele lugar do mapa ou do Google Earth chamado lugar nenhum?
Afinal nenhuma pátria me pariu - mesmo - e eu não tô nem aí nem aqui

O pulso
ainda
pulsa

E eu não sei mais nada além de repulso de meu eu morto-vivo de um sonoro amor
Nessa sonífera ilha Õ Blésq Blom saúdam essa raça de bárbaros com cabeça de dinossauro
Panças de mamute e espírito de porco
Confessando como eu confesso dia-a-dia-a-dia-a-dia:
"Todo mundo quer amor de verdade"

sábado, 12 de agosto de 2017

Eu Poema (ou "Não-Eu-Lírico")


Minha vida, um poema de versos brancos negros sem rimas ou luz alguma pra apreciar minha feiura
de versos livres prisioneiros de uma nulidade de regras e normas as quais levem a alguma beleza rara
de estrofes longas tal qual o veio ribeirinho das lágrimas derramadas por minhas órbitas cansadas
de inexistência de musas e até eu-lírico, já que de mim pouco resta nesse fôlego de morte em vida

Kayleighs, Laylas, Carries e tantas outras musas embalaram meus ouvidos já moucos pra esperança
mas virei eu um homem-máquina operado pela razão de uma sociedade insensível insensata
Não obsedo nada mais, pois decerto não mais alguém me obsedia,
e o estúpido corretor do navegador da internet ignora a existência dos verbos da ação da obsessão
Até ele não entende o desejo de alguém desejar-nos e o quão torturante é essa falta
A falta do que nos completa, do que nos supre e suprimos, de quem Deus fez só pra mim e eu pra ela

O mal das bads
é que de bom nada tem
e nada de bem traz também

Mas a gente insiste que é uma belezura em alimentar o que de pior, o que de "mais mau" há em nós
até que no final só nos reste lamentar o tempo perdido das lamentações de não levantarmo-nos
e beijar os lábios da vida que nos quer bem e quer que nos queiramos também
Assim quem sabe sabe lá alguém daí venha e nos queira e nos beije nos lábios também

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Saudade da Viva Satisfação e Alegria


Lembro-me do primeiro dia que apareceste na minha porta e eu a quase um ano conheci um anjo
Eu te admirei desde lá e nunca mais consegui me livrar dessa tua presença
Tudo que eu queria é que os minutos e horas fossem eternos naquela alegria nossa
Íris agora avermelhada de lágrimas da falta que já sinto de saber não poder estar contigo diariamente
Cada vez que lembro queria que fosse só um pesadelo - mas a vida é assim, cruel conosco
Infelizmente estamos assim, longe agora, mas não escondo que perto quero estar de ti logo logo
Amiga minha, amarei a ti e teu cuidado e tua vida ontem, hoje e enquanto eu puder respirar

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Pornochanchada (ou uma rapsódia republicana na Boca do Lixo)

Absinto-me só nesse rio de sangue e terra desolada encharcada
Sonhando com uma guerrilheira p'ra me acompanhar nas trincheiras do império dos sem-sentidos
Mas a Boca do Lixo continua firme e forte com seus sadísticos babies
A Noite das Taras da Viúva Virgem começa hoje nas memórias de um gigolô nos jardins dos jaburus

Os profissionais da falta de bom senso e da pornochanchada
Veiculada diariamente em cadeia nacional às 19 horas, em qualquer parte do dial do rádio
Cortam-me as mãos para uso indevido, manipulação numa caixa eletrônica de 2 a 5 números
E um botão verde para confirmar a ignorância absoluta e abjeta do povo vivente

Mas que essa society de quinta categoria merece toda essa losna da bundalelê que escolheram viver
Que nossas bandeiras são pintadas nos glúteos que desfilam na Sapucaí
ou no próximo escândalo sexual no exterior envolvendo uma modelo anoréxica brasileira
Esse é o legado do pão e circo eleitoral para Conde Drácula nenhum botar defeito

Tem uma caixa de Prozac me aguardando em um canto por aí, mas não sei se terei grana p'ra comprar
Nem se terei como pagar os próximos impostos na bomba da gasosa e do etanol
Tenho de ser ranzinza agora porque quando velho 'tiver se eu chegar lá não terei aposentadoria
P'ra sustentar minhas reclamações do achatamento da inflação sobre meu contracheque

Num festival de covardes dentro de uma xícara sem nenhum pires ou verdade sustentando abaixo
Eu grito: Oh, Rebuceteio!!! E os astros do stand-up querem me expulsar do salão
513 palhaços representando um público de 207 milhões de imbecis
Com nossos sorrisos pregados pelo plim plim nas rugas aguardando os urubus devorarem-nos

Aluga-se, repasso o ponto, fechado, não há vagas, não aceitamos nenhum cartão ou ticket
Fantásticos cartazes turísticos do que restou das cidades fantasmas do Brasil
Ótimo cenário para um faroeste caboclo, que poderia ter um pistoleiro chamado Papaco lá
Mas só coisas eróticas em 48 horas de prazer alucinante na quinta dimensão é o que deseja o povo

O povo quer uma encomenda do Planalto Central no meio deles
Bem no meio.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Dez esperanças

Espero ver a morte dessa autoproclamada "república" que não cuida de nada que é realmente público
E a irritante alegação de que investigações para limpeza só atrapalham o suposto desenvolvimento econômico do país
Desenvolvimento este construído em cima das fezes putrefactas da corrupção anal dos excelentíssimos nhôres e sinhás coronéis da moderna oligarquia brasiliense
Piorada pela defecação bucal de retardados sectários das ideias mais cretinas do universo
Adoradores de ditaduras imperadores ou supostos grandes líderes cegos guiando milhões de cegos brasileiros para o fundo das fossas Marianas
Esperando que seus adorados mestres puxem a descarga para nossa desvanescência no buraco negro da ignorância útil

Espero que rasguemos os cartazes, santinhos e cartilhas políticas fétidas
Ponhamos no fogo do Index Sacro esses pergaminhos espúrios dos embaixadores da miséria ideológica
Abortemos duma vez por todas num vaso sanitário o endemoniado rebento da união oligofrênica do casal da estupidez esquerda-direitista nacional: Olavo & Chauí
Abandonar de vez os ídolos, salvadores da pátria, falsos messias da aristocracia da politicagem mundial
Sem Trumps, Obamas, Clintons, Kirchners, Maduros, Putins, Castros, Al-Hassads, Netanyahus e cia
Sem Lulas, Dilmas, Aécios, Cunhas, Collors, Sarneys, Maias, Calheiros, Marinas, Bolsonaros, Jeans, Eymaels, Zés Marias, Paulos Câmaras, Geraldos Júlios, Tiriricas
E principalmente sem nada a Temer, nadica de nada mesmo.

Espero não mais deparar meus olhos cansados, enrugando-se ao constatar textos e textões e testículos
A imbecilidade intelectualoide a me cercar e me encher de animus necandi
Tantas torrentes ideológicas ilógicas e correntes aprisionando os bilhões de iludidos pela politicagem
Tanto cretinismo, egoísmo, narcisismo, egocentrismo numa montanha fecal de "ismos"
Jogando-nos a todos em um infinito abismo
Nenhuma lanterna dos afogados vai salvar você agora, as trevas da burrice milenar da humanidade são inacreditavelmente inextinguíveis

Espero não ter mais de ouvir tanta losna babosenta lamacenta nos alto-falantes dos rádios e carros de som ambulantes
Não mais essas malditas músicas de elevador regurgitantes pasteurizadas do pop popularmente repugnante
Nem mais a infinita highway sem saída dos autoindulgentes membros da panelinha da Rouanet e seus mais do mesmo choramingante da fórmula mais desgastada que o pó do maldito decaído muro de Berlim
Tampouco desejo partilhar dessa bobalhada gospel criada para o bel-prazer oportunista de pseudo-cristãos dobrando seus joelhos pra si mesmos e querendo tornar o Deus que dizem servir em seu mordomo pessoal ou escravo ou gênio da lâmpada maravilhosa ou papai Noel ou sei lá que diabos
E em especial desejo ver a implosão sistemática e coordenada de todos os promotores da selva satânica de poluição sonora e lírica criada pelo homem "daquilo roxo":
Que morram o sertanejo analfabeto, o pagode mela-cueca (por trás no caso), o axé, o pseudo-funk carioca, o tecnobrega e toda sorte de propulsores desse monte de esterco poderiam ser desintegrados, cremados e jogados no inferno sem volta
Basta-me ouvir o suave som das orquestras e da minha amada guitarra distorcida, só a qualidade e nada mais

Espero não mais ouvir "filosofia não serve pra nada"
Retardados que abandonam a escola, mas sabem bem sentar na frente de nossas casas com seus maços de maconha, suas conversas de baculejos sofridos, seus desejos de "baratinar" e assaltar
Aventuras assim eu prefiro morrer sem viver, do que viver todo dia uma nova morte
Ou mesmo abreviar sua vinda da forma mais indesejada e desnecessária:
Com um vírus que me traria a aquisição de uma imunodeficiência irreversível
Graças às aventuras sexuais fáceis de uma geração irresponsável que achar que trair e trepar é só começar
E quem como eu fica nessa de esperar é um babaca mamão que vai morrer na mão até morrer

Espero não morrer sem viver um amor de verdade de homem e mulher nesse planeta tão desamoroso
Onde a independência tornou-nos cada dia mais depressivos nos achando indestrutíveis
Até que o Prozac ou o Demerol - ou pior, o Passaport ou o Chivas - nos derrube novamente em nosso sarcófago de mortos-vivos
Nesse ínterim um amor verdadeiro do qual quiçá provenha algum fruto humano
Torcerei eu como pai que ainda nem sou que esse que vier talvez tenha um mínimo mais de sorte nessa maldita vida do que o retalho ambulante que escreve esse monte de merda pra vocês
Ou se for acometido do mesmo castigo jugo fardo sina carma divino ao menos saiba reagir melhor
Já que eu nem mesmo sei de facto se conhecerei a mãe do pobre diabo, imagina se ele vai mesmo existir

Espero não chegar à velhice mais ranzinza do que miseravelmente o sou já desde a muito
Neurastênico bufão boquirroto como sou devo causar mais ódio gratuito que o Lobão
Basta ver esta lápide do tamanho de um Faroeste Caboclo ou bem pior que isso de tão imenso desprezo próprio e com essa humanidade perdida ao meu redor
Me perdoe Deus, mas meu amor parece-me por momentos que tá mais frio que o inverno ensandecido de 2017
Essa múmia viva cansou da maldição dos faraós que persegue-me
Eu já devo estar pra lá de Teerã, sorry

Espero parar de conviver com tanta muriçoca!

Espero que você que lê esse poema tão gigantesco
Possa senão ter compaixão - até porque ela não me ajudaria em nada mesmo - ao menos compreender
E não apenas falar como tantos insolentes falam de mim tão-somente
"Chorão, coitadinho, chola mais" ou seja lá o que
Não
O poeta está aqui ciente de suas misérias e mazelas
E torce para ser enfim melhor, ou um tantin melhor de paz ao menos

Espero que um dia minhas esperanças deixem de ser
Desesperadas desesperantes desesperadoras
E aprenda eu a esperar pela única Esperança que vale a pena: a Divina
Pois de resto esperar talvez fique só nisso, enfim - triste fim

sábado, 29 de julho de 2017

Eu com eu sem eu de mim por mim em definições pseudocientíficas (ou minhas lógicas ilógicas)


Na falta de ansiolíticos, tem remédios nas bodegas de véio
Pra um velho como eu lúpulo cevada mosto não funcionam adequadamente
No meu templo chamado meu quarto o ídolo chama-se computador e ele clama minha oferenda:
Mais um poema de um romântico teimoso nessa selva de pedra ninho de cobra chiqueiro humano

Shine on you crazy diamond!

O espelho olha pros meus olhos, buracos negros no céu sugando-me pra meu interior abissal
Teria eu acá dentro de meu eu um tanto de mim que mesmo sem mim grita pro amor - SIM!
Ou já foi-se em fenômeno projeciológico arrebatado a algum plano obscuro da não-existência?

Desgastei minhas boas-vindas em encarnações passadas, sinto pelos meus carmas catastróficos
Meu Yin tá aceso ofuscando meu obscuro Yang, bagunçados os Gemini de minha constelação
Nem toda radiestesia conseguiria localizar meu tesouro escondido na rocha matriz de meu coração
Só você, seja lá quem for e em que buraco de minhoca fostes absorvida hiperespaço afora
Só você mesma tem o mapa e a ferramenta adequada e escavar-me-ás quiçá amanhã não se sabe

Meu quarto, meu vácuo, minha ventosa, pseudociência como o é talvez meu futuro inconclusivo
Se há design inteligente decerto que deveras distante estou de tamanha acuidade criativa
Dianética falida numa tabula rasa qual caixa-preta que não gravou nem um gemido do acidente

Quando enfim decolo em meu O.V.N.I. para o planeta cultura paraíso nerd/geek livros livres
Até lá encontro amores que se encontram - ou parecem amores - mas psicocineticamente me fogem
Se os muitos mundos forem reais quereria perfurar essa tal dimensão onde a rainha é você
Nem que teleportasse-me pela mística quântica como quem em força centrípeta se joga a ti
O mesmerismo de atratividade magnética próton-eletrônica resultante final de um zigoto
Geração de nosso fruto angiospermático de meu androceu rumo ao gineceu sagrado
Polinizar meus versos desejos sonhos e fertilizar nosso amor não é jamais uma pseudociência
Nem geraria um criptozoológico do místico ser vivo nunca comprovado por cientistas loucos:
O inacreditavelmente indestrutível e imortal αγάπη-φιλία-ἔρως (Ágape-Philia-Eros), pai de todo στοργή (Storge) verdadeiro

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Oração (Minha)

Oro que minha família aprenda duma vez o que significa essa palavra
E quiçá outras aprendam com a gente quem sabe a melhorar
Vai que é utopia, mas não desdobro os joelhos desse querer

Oro que os governantes entendam a Constituição e nosso quadro de leis
E acima de tudo o que representam pra nós, ou deveriam
Parem de olhar pro vil mercado capitalista sanguessuga e olhem por nós

Oro que Cristo me perdoe de ser tão egoísta por vezes e por vezes besta demais
E pelas vezes que em meio a isso tudo eu pareço esquecer que Ele realmente existe e é vivo e forte
E que Seu compromisso não é comigo, ou com crentes e ateus, e sim com todo universo, Sua glória

Oro que guerras sejam apenas no videogame e no tabuleiro de War
Que ditos filhos de Deus, Buda, Yahweh, Olodum, Allah ou sei lá como você chama seu dito Pai
Parem de agir igual filhinhos de papai defecando pela boca serem melhores, mais santos, danem-se!

Oro que os livros impressos, as fotos nos álbuns, as paisagens, viagens, chá em casa, beijo na boca
Nunca morram nem virem lembranças de um museu pré-internet de um passado fossilizado
Um abraço quente e gostoso e um sorriso de bebê valem mais do que um curtir e compartilhar

Oro que eu seja seu de corpo e alma, dos pés à cabeça e reciprocamente toda minha me sejas sempre
A disposição cama-mesa-banho de pele desnuda e corações abertos diariamente mais e mais e mais
Costurar nossa trança e não ser como lá fora em que todos imbecis vivem só de transas

Oro que nunca sejamos só transas. Não só.
Oro que você ore o mesmo que eu segurando minhas mãos e abraçando-se a mim de tudo e todo
Todo toda meu seu minha sua absorvendo cada carne e fluido até ser um só corpo e voz e suspiro

sábado, 22 de julho de 2017

Assalto Coronário

Dizem por aí que a ocasião faz o ladrão
e eu doido pra encontrar uma pra surrupiar teu coração e todo o resto de você pra mim
Mas tem horas que te acho tão tão século XXI e eu ainda lá no XIX sem nenhum desejo de sair
Algumas evoluções me deixam num regresso que só vejo atraso, eu quero é avançar pro teu colo só

Cansado de sermos Israel e Palestina, Irlanda do Norte e Grã-Bretanha, País Basco e Espanha
E cansado deles insistirem em se matar pelo motivo imbecil que seja
Derrubemos logo esse muro de Berlim estúpido cujo propósito é tão tolo de nos separar
Quero que abramos logo o champanhe da vitória, vem aqui comemorar de minha taça toda sua

Eu nos meus aparentemente eternos desencontros porque nunca encontro com vossa mercê
Doido pra um dia colidir com perda total de mim a teu favor e você me reciclar pra ti mesma
Mais louco que dizer que I am the Walrus ou declarar a Revolution 9 eu aumentaria seis dezenas
Centenas, milhares, milhões, zilhões, n-lhões de séculos milenares eras congelados num só fóssil
Meu teu corpo teu meu ser dum jeito que ninguém sabe dizer onde começa ou termina um de nós

Come together right now over me!

Não sei se você é uma Pattie Boyd, mas eu cantaria uma canção feito "Layla" só procê...

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Antimonotonia

Quando meu tédio sou eu, minha antimonotonia é você me jogando pra todo lado que quiseres
Só vê se me joga de uma vez por todas nos teus braços e aprisionado ao teu corpo e só
Nem vem esperar que eu reclame de tuas estrias, celulite ou varizes e verrugas marotas
No mapa geográfico de tuas ruas, curvas, cada relevo teu é uma aventura constante pra mim

Se disser que pode e depois morder minhas costas, vê se faz de um jeitinho que me deixe pirado
Back for me baby, não larga meus lábios longe da aspereza curvilínea dos teus
Deteriorado estou por diárias decepções as quais me deixam sem nem carne nos ossos mais
Nós poetas não queremos nenhuma chance, "não quero mais revanche" desse mundo sem eu-lírico

Eu desconfio que esse mundo não só me odeia como quer consumir meus sonhos
Os que dinheiro nenhum compra, feito você meu bem doce e meu hard rock, power ballad toda sua
Tem gente ainda que acredita em crianças crescidas que prometem o céu e nem o da boca darão
A não ser pra cuspir no teu tal qual cuspistes outrora em mim pois "não faço seu estilo" vagabundo

Sou cafona... tão cafona!

E ao mesmo tempo pareço um carnívoro canibal clamando por sua carne em meus lábios
Para eu devorar cada centímetro de você e ouvir teus gemidos em piração total em minha deglutição

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Ser doce You

Haverá um dia em que todas as histórias serão apagadas da existência e memória humanas
Tornar-se-ão em um nada tal qual férmions ou bósons colidindo com suas antipartículas
Mas uma coisa imploro ao Senhor de tudo que mantenha grafitado pra sempre no céu dos céus
Que eu sou tão teu que mesmo que a mim me lançasses fora permaneceria te sendo teu e só teu

Você é a donatária de minha capitania, cada lote meu é todo seu
Para montares teu jardim de delícias eternas sem nenhum fruto ser proibido a nenhum de nós dois
Eu não escolhi esperar, preferi escolher ser teu voluntariamente
Pois não quero as temporais satisfações desse mundo vão, quero tua satisfação virando minha

Não anseio mais por pornografias, nudes de vadias e infames perdidas de todos e de ninguém
O único ensaio que anseio desesperadamente assistir com minhas vistas em delírio ardente
É ao vivo e a cores ver-te ante mim com tua perfeição indistinta de supostos defeitos corpóreos
Noturna e diariamente e em particular somente para todo sempre em nossa perfumada alcova

O mundo pode realmente em um apocalipse cataclísmico totalmente vir a se acabar
Mas eis que obrigá-lo-ei a esperar e muito e sentadinho para que venha eu terminar
de sorver até a última gota de teu infinito manjar, o néctar do deleite que sai de todos poros teus
e de cada poro meu fluir a ti o meu doce e carinhoso desejo de a ti eternamente seduzir

domingo, 9 de julho de 2017

RockstarT My Heart Baby

Em meu camarim tem um cafofo quentinho e perfumado
Cheio de frutas e doces para a primeira que o invadir
Vem ser minha groupie pessoal e insubstituível
Pra eu autografar com tinta permanente, tatuada, meu nome e meu ser nesse decotado coração

Não me sejas um devil in disguise, me sejas um anjo desnudo desejoso por abrigar-se em minh'asas
Ocupar o posto irrevogável de musa de meu cântico dos cânticos
Sejam esses cânticos ultrarromânticos aos mais próximos de nosso suor trocado um no outro
Em cada infinito resvalar de nossas peles, lábios e o que mais arrancar-te sorrisos de deleite

Kickstart, Rockstart meu coração de rockstar, baby
Porque eu tô ready to strike e se tu vacilares eu vou rock you like a hurricane
Pra mim e você pode dizer não ao não, é proibido proibir tudo e o que mais atrás dos portões
Abafar gritos primais abismais do silêncio não mais, gimme gimme gemidos a mais

Não precisar se preocupar com um júri simpático e incompetente
Só Deus está solto em meio esse camarim feito pra minha groupie particular
O próximo xará que gritar "The Dream is Over" devia nos ver dormindo pro dia nascer feliz
Porque a noite é um nada minúsculo microscópico pra conter nosso deleite delirante, baby

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Free-Nesi

Senhora feudal que me tem como feudo seu, vassalo de ti, suserana
Meus pensamentos em grilhões afixados em teu ser
Tonight and forever não me deixa te deixar
Domina-me, teu Sacher-Masoch sou

Rainha, me disciplina como bem entendes
Satisfaça teu vampirismo, tua odaxelagnia
Até que o esteô seja um limite que cruzastes ilimitadamente
Do alto de seu cano alto eu aceitaria facilmente ver apenas a sola dele

Aqui em meu pescoço tatuaste teu nome e a palavra DONA, e me chamas do que quiseres
O frenesi é livre quando você domina meu cérebro, coração e corpo 24/7
Não é podolatria, mas quero estar a teus pés quando bem entenderes
Pois o meu único fetiche é te fazer feliz pra sempre, domme mia

terça-feira, 4 de julho de 2017

Trinca dos Amantes

Dia desses vi um disco de uma cantora chamada Martha Vieira
Se chamava "Mil Anos de Amor"
Eu bem que gostaria dum amor desses, e um que durasse inda mais
Eu quero viver e ser esse tal amor de milênios sem fim por você

Me convidaram pra marcar uma saudade minha
Uma sugestão para marcar alguém que eu levaria até o último dia de meu viver comigo
Eu não sei porque, mas eu quero mais do que marcar sua pessoa num post
Eu quero me marcar como tatuagem em seu coração pra não arrancar nem depois da morte

Cada metro cúbico de teu corpo, cada sinapse de teus pensamentos, emoções e vontades
Eu quero ser o núcleo de tudo que se chama você e você meu tudo seja
E Deus nosso tudo eterno nos faça uma trindade de amor indestrutível
Tal qual cordão de três dobras que nem aquelas Facas Ginsu da propaganda consegue partir

sábado, 1 de julho de 2017

Another One Bites the Dust


Karen Lancaume se matou

na casa de seu ex-namorado

em 28 de janeiro de 2005 poucos dias depois de fazer 27

Uma das musas de Lyon, França, se foi

Mais uma bate as botas

"É só mais uma atriz pornô doente viciada que leva nossos jovens à perdição, quem se importa?"

Eu gostaria muito que quem tivesse morrido com a boca estourada fosse aquele língua presa que um monte de falso moralista que se nomeia filho de Deus (que deus é esse?) venera como seu salvador da pátria que pariu.

Mas sou voto vencido nesses lances de death note. Devo ser. Os "bons" morrem cedo, mas sempre têm quem pinta as caveiras deles de cor do inferno, seja lá que cor essa miséria tem, não tô a fim de conferir, você tá?

Um dia você também seria mais um que bate as botas.

"Sopre, vento! Venha,  destruição!" diria Macbeth sobre isso. "Fale mansamente e ande com um porrete" seria uma sugestão de Ted Roosevelt para o mundo inteiro. Já I say you saying that you say that you saw...

E mais um já foi, mais um já foi
Mais um bate as botas
Hey, eu vou pegar você também
Mais um bate as botas

A morte é algo que é a única certeza da vida e a única coisa que queremos esquecer que existe, mas ao mesmo tempo a veneramos. Não com death metal nem death'n'roll ou death rock, ou os góticos que passeiam em cemitérios da saudade, mas nos noticiários nos quais todos aparecem com suas vísceras expostas pior que filmes de terror. Mais um bate as botas cataplam!

"O mal leva o bem embora".

Pode espalhar pelo Whatsapp o vídeo de mais um que bate as botas. E Karens Lancaumes continuam a se matar. Exposta pro mundo, fazendo o que não fariam no escurinho nem do cinema nem do quarto com nenhum amor de sua vida. Sentem-se tão, sentem-se só. Sentam-se em nós para sorrir e lembram dos políticos. Lembram-se do falso moralismo de direita. Lembram-se do politicamente correto de esquerda. Esquecem do ser humano. Esquecem de ser humanos. Esqueçam.

É só mais um batendo as botas. Mais um batendo as botas. AIDSculpa esfarrapada.

Minha mãe disse ontem que quem vive no passado não vive o presente e não faz o futuro. Mas pra quem cansou do presente e não vê futuro, nada melhor que pedir pro passado levar a gente pra sua cela. Eu não sei é de nada. Só sei que seremos logo outro a bater as botas. Sozinhos, depressivos, solitários, reprimidos, e e e e e e e e e e e e e e e nada mais.

Outro a você sabe bem o que. Você vai também. Torço pra não como eu acho que vou. Macabéa, pede pro teu estrangeiro me esperar pra me levar com ele pro asfalto!

RIP Karen...

quinta-feira, 29 de junho de 2017

O Escravo que não Era Isauro

Não sei se peço perdão a Bernardo Guimarães ou a Mario de Andrade pelo estrago irreparável à lógica, ao português, ao bom senso e à Isaura pelo mau gosto de minha parte ao nomear essa peça de lamento retardada.

Como ambos já morreram (e desconfio que Mario teria um orgasmo invés duma fúria ao notar esse título esdrúxulo), então prossigamos e deixemos de lado tal divagação intelectualoide de minha parte estúpida.

Annie Lennox diria que doces sonhos são feitos disso: Todo mundo está procurando por alguma coisa. E quem sou eu pra discordar? Até porque eis mais um desgraçado sonhador. Mais um que sabe bem que alguns deles querem me usar, alguns querem ser usados por mim (poucos, diria mais), alguns querem abusar de mim, há aqueles que diriam "Use e Abuse", só não sei onde esses promíscuos andam que se dão a todos, mas a mim deixaram na porta do bordel dos sonhos sem prazer e só cantarolando ou a versão diabólica de Brian Warner ou aquela deturpação que só brasileiro sabe fazer bem inserindo algumas palavras de baixo calão (e escalão também, óbvio) pra encher as boates de prostitutas mirins que são mais baratas que vagabunda de beira de esquina fumante de crack. Perdão pela violência, e se sua filha ou você for uma dessas, não precisa perdoar porque não pedi a você.

Muito menos a você que por muito menos ainda troca caras decentes ou que ao menos lutam pra ser um por qualquer babaca com olhos claros e carro 0 Km. Olha só, parece um desabafo de um mal amado. Deve ser. Não importa. Ninguém importa-se. Nem se fosse um importado.

"Hold your head up
Keep your head up (movin' on)
Hold your head up (movin' on)
Keep your head up (movin' on)"

O desejo de amar. De ser amado. De ser um homem completo que completa uma mulher. Chamam isso atualmente de "escravoceta". Deve de ser. Um escravo completo da melhor criação divina. Ainda que essa mesma criação tenha desejos sádicos de, no seu empoderar-se, sentar no rosto dos seus escravos e realizar fantasias com flatos. Justificam ser o troco de séculos de desprezo de meu sexo. Afinal, somos todos iguais, ainda que o Brad Pitt ou o George Clooney angariem mais público que eu angariaria ainda que virasse um desses retardados virtuais que postam vídeos correndo nus ou comendo ração de cão-humano.

E vocês que assistem comem do que ele cuspiu no potinho. Bom apetite.

Ipanema Girls, salvem-me. Não, vocês me afogariam em meu terror viciante, em meu visco pastoso da desgraça diária. Vocês vivem a me afogar aí. Por isso hoje tentei pegar um passaporte escocês rumo ao meu inferno astral. Ainda que de signo eu só acredite que virgem nos dias atuais quase sempre é só o signo mesmo.

Sweet dreams... are made of this... e do amargor do fel feito por um usuário de kilt que estava louco pra me ver vomitar na mesa da bodega.

"Youtuber mata namorado em pegadinha trágica". E eu com vontade de usar a velha máxima do "seria cômico se blá blá blá" e desisti porque eu ri igual. Eu sou um desalmado, parabéns senhor Jones por sua completa falta de compaixão. Obrigado mundo por me fazer ser assim. Obrigado de nada.

Por falta do que escrever vou fazer um plágio astronômico.

Toda vez em que eu me olho no espelho estas linhas no meu rosto ficam mais claras, o passado se foi.
Passou como do nascer ao pôr do sol, não é assim - Todos tem suas dívidas em vida pra pagar

Sim, eu sei que ninguém sabe de onde vem e para onde vai, sei que é o pecado de todos, é necessário perder para saber como vencer.

Metade da minha vida está em páginas escritas de livros, vivendo e aprendendo dos tolos e dos sábios. Você sabe que é verdade - Tudo que você faz volta para você.

Bem, cante comigo, cante pelos anos, cante pelo riso e também pelas lágrimas. Cante comigo, mesmo que só por hoje, pode ser que amanhã o bom Senhor o leve.

Sonhe, sonhe, sonhe... Sonhe até que se realize.

Que bonitinho. Legalzinho. Pensarei no seu conselho, Steve Tallarico. Só tô decidindo ainda com qual acompanhamento vou pôr no copo. Sr. Jones, vê se aprende duma vez que sonhar sóbrio é melhor do que mal acompanhado! Deixa esse copo americano virado pra baixo só por hoje e vai dormir. Vai que acordo de manhã cedo igual Paulo e Silas depois de cantarolar pela madrugada igual eu louvando ao Deus dos Sonhos - O Original, não a cópia grega que falam lá no velho ditado de descansar nos braços de Morfeu - e quiçá um terremoto ou ao menos uma roída marota de uma lima apareça e me arranque dessas algemas e grilhões, dando-me a lei Áurea. E talvez alguém de mesmo nome, ou uma princesa Izabel ou outra princesa qualquer aí. Pra eu ser escravo agora só dela.

Quizás, quizás, quizás... hein Osvaldo Farrés!

domingo, 25 de junho de 2017

Poema de quase um mês (ou Poesia Macabeana)

"So take my lies
And take my time
Cause all the others, they wanna take my life"

Gatas ucranianas, russas, polonesas, seja lá donde for
Todas "querem" homens maduros de qualquer país por aí
E os tolos caem em artimanhas da solidão extrema virtual

Tem horas que me sinto tão Macabéa
Nesse mundo de gente inteligente desprovida de sentimento e prontas pra matar
e eu aqui tão sentimentalmente imbecil esperando um estúpido beijo em vão

Ou uma estrangeira loura de nome Mercedes
Colidir
e me mandar pra hora de brilhar, a minha hora da estrela cadente

Não há diálogo possível nessa sociedade
em que inventam uma forma de "bumbumversar"
O novo hit do verão não quer tocar seu coração e sim sua genitália e seu ânus só

Não me interessa o que seria o seu baile de favela, xará
Nem me importa se é de luxo, vida de qualquer prostituta no fim é um lixo
O doce veneno do escorpião mata a todos no final, de corpo e alma

Ah Clarice, me prendeste num labirinto da paixão segundo G.H
Me sinto tão preso dentro desse caos urbano tal qual aquela barata esmagada no guarda-roupa de G.H
Degustar um pouco de libertação eu almejo para andar com duas pernas e não precisar doutras

Eu preferiria viver ainda na alienação que vocês chamam de burrice crônica
à revelação errônea duma cartomante falastrona chamada internet
Pois se as estrelas guiassem meu destino, as constelações já há muito teriam virado chuva de cadentes

"Incompetente... incompetente pra vida... o mundo é fora de mim, eu sou fora de mim"
"Se pudesse escolher entre o bem e o mal, o ser ou não ser..." e escolhem o mal virtual
Prefiro morrer o mais rápido possível do que me vender pro sexo fácil desse mundão sem meu Deus

Chega... o amor só nasce pra quem ele quer
Igual dizia eu num velho e estúpido poema meu de 2012, alguma coisa assim:
"Disfarces e ilusões a tentar em vão preencher tua falta de amor"...

Ainda não esqueci que por enquanto é tempo de Strawberry Fields... Forever!

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Fire (18/07/2006)


Os televisores
O produto
Os atores
A comida
que eu num cumi
por mói de que
Compre
10ⁿ vezes ∞
de produtos
da fórmula X
Leia as letras pequenas e veja:
O prêmio só ganha quem ganha
Pare de ser otário
Hilário
Se contarmos
ao oiràrtnoc
o mundo vai começar
a acabar
Ten, nine, eight, seven,
six, five, four, three,
two, one, FIRE!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Ex-conto

number nine Number Nine NUMBER NINE

Vida looooonga ao looping dos bipolares! Saudamos todos vocês como eu me saúdo a mim mesmo embora não mereça nem saúde ou doença até que a morte me separe de meu sórdido eu.


um quinto anjo tocou a trombeta e uma estrela caiu do céu

Um moto perpétuo em minha vida persiste em persistir e sua persistência me desiste pra dedéu

Esse moto é um looping inconstante de alegrias tristezas fade in fade out eterno em que uma hora ora estou simplesmente brilhante e noutra hora ora estou luciferando e vendo o céu cada vez mais longe e meu brilho virando pó de estrelas e um buraco negro ou um caos de nebulosa.

"You become naked"

Desnudamente se danado for que exista essa palavra, ou malandramente montei-a no momento preciso agora e nunca mais a usarei descartável neologismo. Hoje ao mexer em meus cabelos de friiiiiiiiiiizz irritante, notei entre os fios uma cã, um relapso fio de grisalhice, brancura, velhice. É a crise dos "inta" anunciando a logo vindoura dos "enta" que ninguém escapa. Nem aguenta. E o pior: Sozinho, sem nenhum bem nem um xodó ou xamego ou xaveco diga lá meu bem.

sugar plum fairy... sugar plum fairy..

Nem uma mísera gota lambida tragada sorvida degustação ingerida comilança beijo abraço coito ou alguma interação miserável nesse inverno inferno de pessoas cheias de si vazias de si ignorantes ignorando sua futura autodestruição solitária coletiva.

number eight bleargh Number Eight bleargh NUMBER EIGHT bleargh

Paródias e abandonos da lógica e textos imbecilmente compostos por supostos usuários de algum ácido hidróxido gás óxido oxidando um CDF nerd perdido no tempo.

CDF de cabeça ou de algum outro órgão que teoricamente é iniciado sua nomenclatura com uma letra "c" é algo a se pensar ou se defecar quiçá. Não se ofenda, porque é o que acontece com mentes perdidas em suas pirações diárias, solidões diárias, diários de pernambuco e suas primeiras páginas cobertas de sangue corrupção e desistência de soluções pela inexistência de amores próprios cooperativos comunais.

4000 buracos ao longo de meu caminho tinha uma pedra no meio do caminho.

Somebody spoke and I went into a dream...

Queria muito ouvir tua voz e cair num sonho, melhor que a psicodelia ou a bruma, nada dessa babaquice de dizer que você "me deu onda", mas que viramos um tsunami nessa sociedade que o tal de amor é só mais um tal e coisa e tal. Uma pá de cal. Não jogue, por favor. Pare de enterrar esse sonho que todas já contribuíram com sua porção de terra que é muita areia pra caminhões-monstros.

Shoot me... shoot me...

Nenhuma Mother Mary diz pra mim "let it be..." então continuo aqui a ver a vida de ponta-cabeça. Ou será a vida que está de ponta-cabeça pra mim? Eu num sei mais de nada. Esse enorme conto irritante está me deixando chateado e estou enjoado da voz de John, Paul, George e Ringo. Se eu quisesse ouvir cavaleiros do Apocalipse iria atrás não os de Liverpool, mas os de Londres ou os de Birminghan. Assim o demônio vem logo pra tragar ao meu inferno pessoal, que não tem nada a ver com chamas, fogo, enxofre ou essas outras coisas boas pra bronzear um jovem que não é calorento e sim friento. Meu inferno pessoal é ficar num quarto vazio, em branco, com tudo organizado, preso, sem poder me mover ou tornar nenhum pensamento real, pois num lugar tal qual tal, meu cérebro perderia a função normal de pensar. Tal qual tal texto tolo de um maníaco-depressivo que mais parece ter confundido Gardenal com Meta e tá surtando geral por não ter de facto o que pensar, sai um monte de criações infernais dadaístas abstratas que nem Tristan Tzara imaginaria que um dia alguém faria uma abominação tal.

Dois virgens lado um e dois... bang bang bang...

Esse conto é igual músicas inacabadas. Só não lembremos de desnudar a nós mesmos. Só na cama pela paz a sós, nunca jamais em público expor nossos gritos primais. Não. Por favor.

nam daed ,no em nruT

Não tô a fim de mensagens subliminares mais. Me beija duma vez e me livra desse fel. Desse texto sem contexto que não é pretexto herético, a única pena do Santo Ofício que quero não expurgar ou excomungar é me livrar dos teus nãos e ser um sim de vez. Solidão é coisa de quem gosta de viver sem paz. Dizem aí afora que ficar sozinho sem nada a fazer é paz. Eu chamo essa desgraceira de suplício satânico. Me liberta desses loopings e dessa maldita música concreta que abstrata demais meu sonho de realizar você. Você, FUCK SHIT! Vem logo virar real, ora bolas...

The End

(Família Lennon, McCartney e Ono, não me processem, ok? Agora caiam fora desse conto de merda!)

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Matéria sobre o blog no programa Primeiro Parágrafo

Olá queridos leitores do blog. Tenho a honra por meio desse post, um bem fora do convencional dentro do conteúdo que sempre posto aqui, para postar aqui uma matéria referente ao meu trabalho poético e literário, em especial o que realizo aqui no blog. Matéria essa passada dia 17 de junho de 2017 na rádio Portal Exaltar FM de Feira de Santana - BA, pelo meu amigo e também poeta Gutox Wintermoon em um de seus programas na rádio, o "Primeiro Parágrafo", que passa todos os sábados às 15 horas. Na matéria em questão foi apresentado um pequeno release sobre minha carreira até o momento, e os projetos futuros que estão já em pleno andamento.

Acompanhem a matéria no vídeo abaixo:



Transcrição do release:


Bio

João Dias Ferreira Netto, ou Johnnÿ, nascido em 28 de maio de 1988 em Recife, mas tendo vivido a maior parte da vida em Olinda, ambas cidades do litoral de Pernambuco, é formado em licenciatura de história pela UFPE, e também é auxiliar de desenvolvimento infantil em creches da Prefeitura do Recife, além de ser músico, escritor e por vezes um curioso de outras formas de arte. Começou a fazer poesia aos 15 anos, em 2004, originalmente inspirado em músicas que levavam sua fé cristã e que ele tentara escrever desde 2000, e também nos poetas ultrarromânticos como Álvares de Azevedo, mas com o passar dos anos ampliando seu estilo poético, buscando inspirações dentro das vertentes da vanguarda modernista e concretista, tendo como maiores inspirações principalmente Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. Desde 2010 escreve ensaios no blog Destruindo a Mentira e poesias no blog Lovy Pras Dez, sendo desse último a fonte primordial de seu primeiro livro impresso, “A Decadência da Civilização Sentimental”, ainda sem data definida para publicação, pela editora Tumulto Underzine. Também participou de outros projetos virtuais, sendo o principal deles o blog coletivo “Os Malfeitores do Século XXI”. Atualmente tem organizado uma antologia de escritos dispersos, ainda sem nome escolhido, e dois novos livros: “A-Recife”, com poemas tendo como temática o Recife e as cidades que compõem sua região metropolitana, e um outro não nomeado ainda, mas com a temática principal a infância do poeta.


Poema apresentado no release:

Apenas Outro 12 de Junho
http://lovyprasdez.blogspot.com.br/2017/06/apenas-outro-12-de-junho.html


A rádio Portal Exaltar FM pode ser ouvida por qualquer um através do site
www.portalexaltar.com.br

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Cartas de Inverno/Eu

O inverno bate minha porta do quarto com força
Em minha solidão nenhuma leitura ou canção me concentra
Somente o abraço gelado da ventania e o beijar da frieza que transpassa meu telhado

Paz, amor e rock'n'roll tão em falha na estação olindense
Pensei em seguir aquele conselho do Carlos e dançar a valsa vienense
Mas tal qual José, eu sou duro
e também tô duro pra pagar o ingresso no Clube das Pás

"Tudo muda nesse mundo, menos a natureza humana"
Humanamente falando, os humanos me jogaram nessa cela desumana
"O que eu preciso é de mudança no coração"
Mudar de um cômodo vazio pra um que Deus coloque você como inquilina eterna

Essa viagem diária à Torre me deixa tão sem meu castelo particular
Minha válvulas bicúspide e tricúspide perderam a aceleração
Batem cada dia mais lentas e mecanicamente, sem você, motivo de minhas taquicardias

Eu, iceberg, vagando sem rumo e me ferindo nos Titanics
Eu, terreno baldio, desprezado, latifúndio sem uma sem-terra a me cobiçar
Eu, passageiro atrasado num ônibus lotado e ainda assim solitário
Eu, sol, prisioneiro de estratos e nimbos que impedem minha luz e calor te tocarem, minha Terra
Eu, reles olhar perdido admirando tuas sardas sem um olhar de gratidão em retorno
Eu, fóssil vivo-morto exposto do Cretáceo perdido nesse Holoceno obsceno
Eu, inverno, indesejada estação implorando que a primavera ao menos dê-me o sono divino

Ou dê a mim o perfume teu
Minha black rose querida
Quando, de minha ferida, nascerás e sararás
meu sofrido miocárdio?

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Apenas Outro 12 de Junho

Não escrevo versos - eu os sangro
Como sangram os abatidos pela guerra diária
Minhas fraturas não são expostas - logo ninguém as dá bola
Estou na enfermaria da vida te esperando pra me consertar

Meu tempo é escravo dos contratempos, contra o meu
Queria que quando me visses acendesse tua luz qual farol
Diferente das trevas que relegam-nos nossos ditos líderes
E os retrógrados bestiais caçando salvadores da pátria

Estou tão cansado de ver a natureza apenas da janela do ônibus
Estou já indignado de ver viverem o amor só das sobras de minha caverna
Nessa vida de videogame sem créditos ou vidas extras tô no Game Over
Na torcida de a princesa quiçá vir me resgatar, como uma Mary Poppins e tornar tudo
Supercalifragilisticexpialidocious

Apenas mais um 12 de junho e talvez
Você topasse alugar um namorado só pra te presentear
Um corpo quente pra te esquentar à noite
                                  ...e nada mais além

Eu estou cansado de dozes de junho
Ter o dozão no dominó nunca me garantiu vitórias
Eu quero ser mais que uma lembrança ou presente capitalista
Eu anseio te amar muito mais do que apenas mais um 12 de junho

                                                                                                     e que Deus seja pra sempre por nós!

(Escrito entre 6 e 12 de junho)

sábado, 3 de junho de 2017

Desejo de Outono

Alguns creem na fé, outros no acaso
E tantos ficam apenas no ocaso
O caso é que nesse mundo tão deixando a gente que quer amar sozinhos no descaso
Mas eu acredito que um dia eu contigo ainda me caso

Tô a dias sem saber nem o que é um telejornal
Mas quando me lembro que sempre relatam reprises, não vale a pena ver de novo tudo igual
Tô de saco cheio de ver que todos os dias o mundo e meu país andam mal
Eu quero é mudar tudo aprendendo a amar, eu e você, com teu adorado jeito oriental

É coisa e tal que ninguém dá mais valor
Valorizamos apenas o nosso diário e de final horrendo filme de terror
Os homens e seus espelhos mágicos estão aprisionados a seu estado de eterno torpor
Já eu quero liberdade, eu quero beber do mel do teu adocicado amor

Eu quero voltar ao interior de mim, longe das miragens urbanas que me rodeiam
Teus lábios meigos de teu rosto delicado são o que meus olhos anseiam
Longe da infelicidade desse mundo cruel, lá onde teu coração palpita e teus olhos clareiam
É o único lugar que minha vida quer ser plantada, teus rios onde os doces frutos jamais rareiam