Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 19 de agosto de 2017

Epitáfios de Titãs

Não prefiro ser metamorfose ambulante
Tampouco vou me limitar a ficar no lugar que o falso moralismo ou o politicamente correto impõem
Afim de vazar e esvaziar minha caixinha de tristezas numa lixeira qualquer
E nem lembrar mais onde ela foi parar, só aguardar um abraço e um beijo de quem ama-me

Eu tenho fome de que? De você, até o fim da vida
Sem me preocupar em dar nomes aos bois que intentarem nos pisotear, posto que não haverão
Faz-se necessário meu versificar de tua presença a qual, se ausente, me anula por completo

"Quem é que pensa: é a cabeça ou o coração?"
"É questão de substância!"
"Agora todo o mundo na real!"
"Que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é"

Eu cansei de acreditar que a vida é um jogo, cada um por si e Deus contra todos
Os dados que Deus não joga eu não os uso nessa mesa de apostas viciadas
Meu sa-lá-ri-ô desvalorizou... mas eu tenho dentro de mim tesouros de valor incalculável

Alguns até pensariam que Jesus não teria dentes no país dos banguelas
Estranho que num mundo sem santidade Ele foi o único a morrer sem crime algum
Os bichos escrotos saem dos lixos, dos palácios de governo e legislativos, até de templos eles vêm

E você ainda perderia tempo com tudo ao mesmo tempo agora?
Ou caminhamos até encontrar aquele lugar do mapa ou do Google Earth chamado lugar nenhum?
Afinal nenhuma pátria me pariu - mesmo - e eu não tô nem aí nem aqui

O pulso
ainda
pulsa

E eu não sei mais nada além de repulso de meu eu morto-vivo de um sonoro amor
Nessa sonífera ilha Õ Blésq Blom saúdam essa raça de bárbaros com cabeça de dinossauro
Panças de mamute e espírito de porco
Confessando como eu confesso dia-a-dia-a-dia-a-dia:
"Todo mundo quer amor de verdade"

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