Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 29 de julho de 2017

Eu com eu sem eu de mim por mim em definições pseudocientíficas (ou minhas lógicas ilógicas)


Na falta de ansiolíticos, tem remédios nas bodegas de véio
Pra um velho como eu lúpulo cevada mosto não funcionam adequadamente
No meu templo chamado meu quarto o ídolo chama-se computador e ele clama minha oferenda:
Mais um poema de um romântico teimoso nessa selva de pedra ninho de cobra chiqueiro humano

Shine on you crazy diamond!

O espelho olha pros meus olhos, buracos negros no céu sugando-me pra meu interior abissal
Teria eu acá dentro de meu eu um tanto de mim que mesmo sem mim grita pro amor - SIM!
Ou já foi-se em fenômeno projeciológico arrebatado a algum plano obscuro da não-existência?

Desgastei minhas boas-vindas em encarnações passadas, sinto pelos meus carmas catastróficos
Meu Yin tá aceso ofuscando meu obscuro Yang, bagunçados os Gemini de minha constelação
Nem toda radiestesia conseguiria localizar meu tesouro escondido na rocha matriz de meu coração
Só você, seja lá quem for e em que buraco de minhoca fostes absorvida hiperespaço afora
Só você mesma tem o mapa e a ferramenta adequada e escavar-me-ás quiçá amanhã não se sabe

Meu quarto, meu vácuo, minha ventosa, pseudociência como o é talvez meu futuro inconclusivo
Se há design inteligente decerto que deveras distante estou de tamanha acuidade criativa
Dianética falida numa tabula rasa qual caixa-preta que não gravou nem um gemido do acidente

Quando enfim decolo em meu O.V.N.I. para o planeta cultura paraíso nerd/geek livros livres
Até lá encontro amores que se encontram - ou parecem amores - mas psicocineticamente me fogem
Se os muitos mundos forem reais quereria perfurar essa tal dimensão onde a rainha é você
Nem que teleportasse-me pela mística quântica como quem em força centrípeta se joga a ti
O mesmerismo de atratividade magnética próton-eletrônica resultante final de um zigoto
Geração de nosso fruto angiospermático de meu androceu rumo ao gineceu sagrado
Polinizar meus versos desejos sonhos e fertilizar nosso amor não é jamais uma pseudociência
Nem geraria um criptozoológico do místico ser vivo nunca comprovado por cientistas loucos:
O inacreditavelmente indestrutível e imortal αγάπη-φιλία-ἔρως (Ágape-Philia-Eros), pai de todo στοργή (Storge) verdadeiro

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