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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Asteroide do teu Sol

Fico pensando no pobre Plutão
Solitário e ainda por cima rebaixado
Um dia ao menos já foi planeta
Agora nunca mais será nada além de uma nota de rodapé do que um dia fora

E assim eu era sem você, meu bem, meu caminho e órbita a circular
Sem você eu me sentia menos que um nada, um resto de um corpo celeste errante no vácuo do viver
E apesar de você constantemente chacoalhar a elipse que percorro em torno de ti, meu sol
No final de tudo a gente sempre entra com nossas estações do ano nos eixos

A vida que emana de ti é o guia de meu pequenino planeta
Pra que meu mundinho nunca perca a tua luz
Eu não pretendo perder o rumo que mantém minha biosfera viva
Nem deixar se apagar como numa nebulosa radioativa o calor que dá vida aos meus versos

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