Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quarta-feira, 31 de julho de 2019

A Bagunça Bela


Picasso, Matisse, Munch, Pollack, Magritte, Tarsila do Amaral, Dali, Duchamp, Ernst, Balla,
Kandisky, Spielgman, Portinari, Malfati, Mondrian, Larionov, Gauguin, Warhol, Cézanne
Caótica beleza
Bagunça bela
Imagem e semelhança de nossa desgraçada dança macabra

Onde todos só enxergam morte, Ele enxergou esperança
Só a gente que continua pulando corda na beira do abismo
E ainda assim Ele insiste em colocar sua mão a proteger nossa psicótica cerviz

Mesmo nossos maiores fracassos, perdas e finais inesperados
Pelo acaso, ocaso ou sendo o caso de nossos casos perdidos e perdições ao acaso nos causarem isso
Quando tudo sair do controle, eu só conseguiria respirar o Nome Dele pra voltar a tona
Até no fundo do poço lamacento que eu mesmo cavei e me afoguei Ele me salvará

Quando meus paraquedas se rompem, meus alicerces implodem
E no espelho percebo o cubismo dadaísta assimétrico de minh'alma
Mais catastrófica imagem que o reflexo da refração opaca de meus traços e faces
Face a face com as linhas tortas que O Engenheiro Eterno torna numa linha férrea pra nova vida

Quando meu amor virar mentira pra alguns, e minha cotação perder todo valor no banco da existência
Sonhar com a tranquilidade de um olhar que emula o mar azul da belle de jour vira pecado mortal
Pior, impossibilidade pra um atormentado ser pérfido e tendencioso ao mal como eu
Com medo de mais uma vez ferir todos ao meu redor que porventura decidiram também me amar
Mas um dia os vaga-lumes dançarão de novo à noite
Num branco leitoso anoitecer para todos nós
E ninguém mais precisará pedir (pois que ninguém negará):
"So Kiss Me!"

Aquela bela bagunça, o amor de Deus, ela ainda vai realmente bagunçar de verdade todos nós!

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