No velho conto da raposa e as uvas
Eu não saberia dizer a raposa é você ou sou eu
Pois no fim de todas estradas e curvas
Queria que você estivesse bem aqui do lado meu
Tantos rumos nossos olhos contemplaram e foram
Em vão caminharam para falsas ilusões
Mas eu não negarei, sonhei que os teus olharam
Meu desejo de ser todo seu, sem exceções
Tantos de fora simplesmente me dizem por aí
Que sonhos impossíveis não servem para mim
Mas o que seria impossível, raposa bela, enfim?
Seja você minha, vivendo ao meu lado, bem aqui
E teus olhos, indígenas, pele morena, em teus cabelos minhas mãos deslizar
E aprender dia-a-dia contigo a gente a se contemplar, e se amar
Sabe lá... de tuas caçadas compartilhar, minha raposa, na beira-mar
Não nego, no fim desses versos, te ouvir dizer "por ti todo dia ouvir isso e novamente me apaixonar".
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