Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Space (or Olindense, Brazil) Oddity

Os olhos do Grande Irmão parecem muito famintos
Sedentos de fofocas e prejulgamentos vãos
Já não me basta ter de reconstruir cada pedaço do meu castelo erodido
Ainda tenho que lidar com quem do outro lado grita "Iludido!"

Em prol do seu nariz cada um segue
Alguns preferem viver da gripe alheia eu pressuponho
Não podem ver ninguém tentar voltar a ser feliz
Que se metem e ainda dizem "fi-lo porque o quis!"

Nessas horas queria ser como um coral
Ficar estático e belo em meio ao quebra-mar
Mas nem assim deixar-me-iam viver
Em sossego não querem me ver

Eu poderia virar um herói por um dia
Mas sacrificar-me pelo o que, diria um palhaço sonhador como eu
No final desse conto de fadas da vida real, da Bela e da Fera
Não sei o que sobrou, nem que personagem eu era

Não hão de me encontrar entre os fracos. Na verdade não sei se me procuram
Se tem quem goste não sei, nem sei se me importa o gostar
No ser ou estar do dia a dia o meu To Be não conjuga bem
Mas meus scary monsters (and super creeps) na mente estão vivos e bem também

Feelings to ashes, love to dust
Da lama ao caos, do caos à lama, eu sou um remanescente, uma ave fênix
No mundo dos post modern loves, eu permaneço firme na rocha
Há combustível infinito dos céus para não apagar da minha esperança a tocha

E embora aos olhos - até aos meus - eu pareça só a lad insane, aladdin sane
Baby, eu ainda vou te sussurrar confiante e certeiro em seu ouvido "let's dance!"
E sei que na dança do antigo ciclo da vida você - seja lá quem - não errará comigo sequer um passo
Relegando aos que de nós esperavam a derrota, eles receberão o seu troféu de fracasso

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