Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Ex-conto

number nine Number Nine NUMBER NINE

Vida looooonga ao looping dos bipolares! Saudamos todos vocês como eu me saúdo a mim mesmo embora não mereça nem saúde ou doença até que a morte me separe de meu sórdido eu.


um quinto anjo tocou a trombeta e uma estrela caiu do céu

Um moto perpétuo em minha vida persiste em persistir e sua persistência me desiste pra dedéu

Esse moto é um looping inconstante de alegrias tristezas fade in fade out eterno em que uma hora ora estou simplesmente brilhante e noutra hora ora estou luciferando e vendo o céu cada vez mais longe e meu brilho virando pó de estrelas e um buraco negro ou um caos de nebulosa.

"You become naked"

Desnudamente se danado for que exista essa palavra, ou malandramente montei-a no momento preciso agora e nunca mais a usarei descartável neologismo. Hoje ao mexer em meus cabelos de friiiiiiiiiiizz irritante, notei entre os fios uma cã, um relapso fio de grisalhice, brancura, velhice. É a crise dos "inta" anunciando a logo vindoura dos "enta" que ninguém escapa. Nem aguenta. E o pior: Sozinho, sem nenhum bem nem um xodó ou xamego ou xaveco diga lá meu bem.

sugar plum fairy... sugar plum fairy..

Nem uma mísera gota lambida tragada sorvida degustação ingerida comilança beijo abraço coito ou alguma interação miserável nesse inverno inferno de pessoas cheias de si vazias de si ignorantes ignorando sua futura autodestruição solitária coletiva.

number eight bleargh Number Eight bleargh NUMBER EIGHT bleargh

Paródias e abandonos da lógica e textos imbecilmente compostos por supostos usuários de algum ácido hidróxido gás óxido oxidando um CDF nerd perdido no tempo.

CDF de cabeça ou de algum outro órgão que teoricamente é iniciado sua nomenclatura com uma letra "c" é algo a se pensar ou se defecar quiçá. Não se ofenda, porque é o que acontece com mentes perdidas em suas pirações diárias, solidões diárias, diários de pernambuco e suas primeiras páginas cobertas de sangue corrupção e desistência de soluções pela inexistência de amores próprios cooperativos comunais.

4000 buracos ao longo de meu caminho tinha uma pedra no meio do caminho.

Somebody spoke and I went into a dream...

Queria muito ouvir tua voz e cair num sonho, melhor que a psicodelia ou a bruma, nada dessa babaquice de dizer que você "me deu onda", mas que viramos um tsunami nessa sociedade que o tal de amor é só mais um tal e coisa e tal. Uma pá de cal. Não jogue, por favor. Pare de enterrar esse sonho que todas já contribuíram com sua porção de terra que é muita areia pra caminhões-monstros.

Shoot me... shoot me...

Nenhuma Mother Mary diz pra mim "let it be..." então continuo aqui a ver a vida de ponta-cabeça. Ou será a vida que está de ponta-cabeça pra mim? Eu num sei mais de nada. Esse enorme conto irritante está me deixando chateado e estou enjoado da voz de John, Paul, George e Ringo. Se eu quisesse ouvir cavaleiros do Apocalipse iria atrás não os de Liverpool, mas os de Londres ou os de Birminghan. Assim o demônio vem logo pra tragar ao meu inferno pessoal, que não tem nada a ver com chamas, fogo, enxofre ou essas outras coisas boas pra bronzear um jovem que não é calorento e sim friento. Meu inferno pessoal é ficar num quarto vazio, em branco, com tudo organizado, preso, sem poder me mover ou tornar nenhum pensamento real, pois num lugar tal qual tal, meu cérebro perderia a função normal de pensar. Tal qual tal texto tolo de um maníaco-depressivo que mais parece ter confundido Gardenal com Meta e tá surtando geral por não ter de facto o que pensar, sai um monte de criações infernais dadaístas abstratas que nem Tristan Tzara imaginaria que um dia alguém faria uma abominação tal.

Dois virgens lado um e dois... bang bang bang...

Esse conto é igual músicas inacabadas. Só não lembremos de desnudar a nós mesmos. Só na cama pela paz a sós, nunca jamais em público expor nossos gritos primais. Não. Por favor.

nam daed ,no em nruT

Não tô a fim de mensagens subliminares mais. Me beija duma vez e me livra desse fel. Desse texto sem contexto que não é pretexto herético, a única pena do Santo Ofício que quero não expurgar ou excomungar é me livrar dos teus nãos e ser um sim de vez. Solidão é coisa de quem gosta de viver sem paz. Dizem aí afora que ficar sozinho sem nada a fazer é paz. Eu chamo essa desgraceira de suplício satânico. Me liberta desses loopings e dessa maldita música concreta que abstrata demais meu sonho de realizar você. Você, FUCK SHIT! Vem logo virar real, ora bolas...

The End

(Família Lennon, McCartney e Ono, não me processem, ok? Agora caiam fora desse conto de merda!)

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