Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Confissões Malditas II

Não sigo nenhum dos lados dessas moedas politizadas
Tão tudo errados e são a merma merda, fedendo à direita ou à esquerda
No fim quem tá na favela continua com medo de morrer ou de ter de matar
Os narizes ainda se enfiam na cola e o caviar ainda tá no prato do vagabundo em Brasília

Ninguém responde meus versos, acham que são o que, palavras vazias, cacete?
Acham que eu sou um vomitador de versos robótico, computadorizado?
Vão à merda!

Tô sim naqueles dias que se o inferno subisse na terra eu iria me sentir no paraíso
Iria pegar a frigideira do diabo pra assar os rabos de alguns indivíduos
Ou queimar minha língua imbecil que fala demais do quanto eu me sinto vazio e um nada sozinho

E tem gente que ainda consegue ser feliz casto, solitário
Não sei se o chamo de herói, gênio, corajoso, suicida ou um charlatão de bosta
Ninguém é feliz só nessa porcaria de mundo de individualistas movidos a internetismos

Eu me sinto um velho coroca ranzinza esclerosado osteoporoso e gagá num asilo
Cada vez mais perdido num mundo de garotos que nunca vão crescer
Ou será que eu que estou morto e não me dei conta ainda pra deixar me enterrarem duma vez?

Oh Deus, como eu sou um lixo enorme, como o Senhor aguenta esse pedaço de merda que sou?

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