Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 19 de novembro de 2016

Final de Sábado, Sem Descanso

Inundado pelo Texas escuto
Stevie Ray Vaughan e um duplo problema hoje e sempre
Tá tudo blue, ou tá tudo blues, acho que a segunda opção tá bem cabulosa
No meu disquete de 3 ¹/² tá tudo fora do canto, desformatado e fragmentado

Tudo pede um fim de sábado muito igual a tudo e mais um pouco disso aí
Esse tédio que vem engarrafado ou num tablete
Ou oferecido gratuitamente num vídeo de Youtube, e o ofertante ganha a cada visualização sua
A cada dose de veneno do conta-gotas do cotidiano

Boas companhias tão difíceis pra cacete de se achar nesse mar de piranhas e moreias
E das que menos se esperaria uma mordida, logo a ferroada da arraia que eu tanto amei
Bem no meu coração
Me faz lembrar de versos perdidos de 2004, lá onde tudo começou e também teve seu fim prematuro

"Pensando como Stendhal
Vejo eu as flores do mal
O mal que vem de você
E de como pode me fazer sofrer"

Agora estou mais um sábado, sem o desejado descanso sabático
Ouvindo mais uma vez Bowie lamentar os poucos anos que restam dos meus lamentos também iguais
Sabendo que dificilmente outro domingo brilhante pode advir amanhã com o sol
Apenas poeira cósmica e de novo lembrar que sempre estás distante até do meu lado, infeliz assassina

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