Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 25 de fevereiro de 2017

242 / Um Poema Desses

242 (com enxertos de Atos dos Apóstolos, "Indignação" da banda Louvor Art e Cia e o poema incidental "Credo II")

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações"
Sem esmorecer um segundo, guerreiros na luta diária, sem reclamar, só clamar
Não eram os melhores de nós talvez, mas bem melhores que nós hoje em dia decerto
Seus olhares visavam o céu donde viram o seu Senhor ser recebido pouco antes
Seus olhares visavam o céu pr'onde seu Senhor prometeu logo logo levá-los com Ele

Não se enganavam com promessas vãs de uma terra perdida e governantes malditos
Não procuravam pedestais, exceto se fosse para os destroçar após proclamar O Único acima de tudo
E cantariam no monte das Oliveiras ou em cada parte indo em sua missão infinda até hoje
Cantarolando um amor o qual é nenhum a não ser O Amor em pessoa e em integridade:

Eu não acredito em partidos políticos, eu não acredito em ideologias
Eu não acredito em soluções humanas, eu não acredito na justiça terrena
Eu não acredito em leis convenientes, eu não acredito em hierarquias religiosas
Eu não acredito em coincidências, eu não acredito em sorte ou azar
Eu não acredito na fama ou na grana, eu não acredito em profetadas e dogmas da tradição vã
Eu não acredito em supostos deuses de barro, eu não acredito em Nossa Senhora nenhuma
Eu não acredito em um deus que eu determino o que ele deve fazer pra me dar o que quero somente
Eu não acredito em The god That Failed, nem em um god of Emptiness
EU CREIO NO CRISTO, O FILHO DE DEUS!

Mas daí me vem aquela velha canção de 1994 que ninguém lembra mais
"E nós no presente o que estamos fazendo? Olhando e não vendo?
E nós como moscas voando em volta e nós como moscas voando revolta"
Andando em círculos, erguendo muros no México e em nossos corações teologicamente imbecis
Guardando somente nosso egoísmo, guerreando contra irmãos por diferenças tão pequenas
Lutando ainda se devemos comer ou não carne, de boi ou de porco, tomar vinho ou suco de uva
Ouvir esse ritmo ou o procurar o RG espiritual do cantor fulano de tal
E enquanto essa hipocrisia perpetua o diabo sorri dos que abominam a alma de Deus
Os perpetuadores do provérbio número 6:19, com suas sementes de contendas entre irmãos
Mas que em suas casas tentam tornar Deus um escravo "seja feita a minha vontade e não a Tua"
Ser "crente" pros de fora é fácil, bom ator, difícil é o teatro virar vida real em nós...

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Um Poema Desses


Um sábado qualquer, sem canto de galos da madrugada
Sem fúria ou folia rumo ao mágico
Sem rolar na cama dum lado pro outro tentando esquecer alguém
Pra que diabos eu iria querer te esquecer?

Eu não consigo é te arrancar do meu pensar, do meu pulsar, nem do respirar
Inspiro teu nome, e na expiração o grito é seguido do desejo de te amar
Faltou-me palavras, decerto, pra reagir ao que meu cérebro e coração não param de me incomodar
Que é de todos os dias da vida saber que ao teu lado é o único lugar que quero me prender e estar

Rasguem as convenções humanas, as opiniões dos tolos não importam
Explicações que não colam são as dos que nunca sentiram o amor bater em sua porta
Eu desejo, eu imploro, bate logo, ó único sentimento que durará para sempre
Bate logo, pois quando te deixar entrar em minha casa, me libertarás de minha prisão
Esse maldito presídio chamado solidão, eu quero implodir à quatro mãos
As minhas e as de quem eu amarei até o dia em que meus suspiros se forem para os braços de Deus

Um poema desses eu duvido que você já leu ou alguém te fez
Queria fazer todo dia tantos mais só pra ser teu poeta da madrugada
Em vez de cacarejos, uma canção que te despertará dos braços de Morpheus somente pros meus

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