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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Onde Estou, Vou, Não Sei


Alguns enxergam satã até no assoalho da casa do vizinho
Perfumam suas casas, incenso e alho, escondendo os esqueletos e a flatulência de suas ignorâncias
O meu amigo sabiá que tanto voou pelo mundo, deu psiu perguntando por meu bem em vão
Por mais pena d'eu que ele teve, não adiantou, ela nunca disse "eu"
Enquanto tá cheio de problemas, problemáticos e pró-emblemas ultrapassados
E eu nem aí, ninguém nem aí, aí vazio igual meu coração, ou o seu

Desligaram à força, a forma e a fôrma dos meus versos, me puseram na forca dos perversos
Meus defeitos, talvez feitos e refeitos pelos efeitos dos confetes e confeitos envenenados da vida
Não sobrou nada pro jantar, o almoço dos moços e moças deixou só remorsos e troços quebrados
Não sei consertar, se soubesse eu não estaria em pedaços ante seu olhar insensível, insensato

Meus atos, fatos, consumidos pelos ratos, gato e sapato você me faz, pagando micos e patos
Não há em meus cacos os parcos desejos de renascer das cinzas, eles desistiram de si mesmos, eu
Não sei onde reclinar a cabeça. Nem sei se poderei um dia.

Não consegui encontrar um jeito de terminar esse poema porque o que me dói não consegue parar
Com nenhum maldito anestésico, nem alucinógeno

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