Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lunática Agalopada



Cansado dessa embolada enrolada
de brincar de cão e gato o tempo todo
Te deixar tanto escapar pelos dedos
Feito água sai pelas frestas da terra
Você foge de mim como o Papa-léguas do Coiote
e eu não tenho planos infalíveis pra te deter
Sol e chuva, meus raios e suas gotas
Querem virar arco-íris sem ninguém reprimir
Rei de lugar nenhum virei
Nesse conto de fadas que você desapareceu
A princesa do faz-de-conta se sumiu por aí
Deixando os sapos a coaxarem como nos poemas de Manoel Bandeira
Meu cântico coaxa e ecoa nesse brejo das almas
Sem ressoar nos teus ouvidos moucos
No jardim das rosas, orquídeas e dálias negras
Tua pele morena perfuma toda a campina
Meu Deus criou essa paisagem celeste
Me chamando pra viajar nesse teu Sertão
Atravessar o Velho Chico a nado ou flutuando
'té chegar mais alto do que a luneta pode ver:
Na beira-mar aguardo meu táxi lunar
pra chegar mais perto do teu olhar
do teu luar

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