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quarta-feira, 16 de março de 2016

A Morte dos Vampiros


O meu demônio pessoal veste Prada, mas também veste outras grifes, ou nenhuma
Na verdade parece mais disposto a estar despido para seduzir minha alma
E o seu, qual seria? Um suborno, uma garrafa de absinto, uma fofoquinha
Num país de comédias a tragédia não é definitivamente nenhuma marolinha

"Não adianta ir à igreja rezar e fazer tudo errado"
Minha sina e meu anseio de me libertar desse mau bocado
Queria poder ser um vampiro, me esconder de dia em algum lugar
Para o sol não me mostrar tanto absurdo que invade meu olhar

O amor se desfaz em pó igual nossa existência infame
Eu sei, já desperdicei alguns, "não reclame"
Eu falo que vivo, sobrevivo
Acho que se essa palavra existir, eu apenas subvivo

Pior ainda é perceber-se não ser o único assim
Todos ao meu redor são vampiros da desesperança no fim
O sangue venenoso que sorvemos não nos deu salvação
Vejo apenas que estamos jogando-nos num abismo por essa imbecil direção...

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