Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

segunda-feira, 21 de março de 2016

Entitulado como "O Poema que Consome"


Onde foi parar o bem maldito que esqueci de guardar em meu leito?
A poeira sobre ele está clamando pela sua irmã, minha pele, meu pó
O demônio da destruição mental nos torna criativamente imbecis
Ecumenismo de nenhuma fé, nenhum deus, nem deusa, nem você

E aquele demônio da curiosidade curra minha sanidade todo dia
Phicando claro para mim que meu pior facto é insistir em passadear
E passear no passado para lá insistir em habitar é coabitar com a tolice
Mas esse desatino cretino é apenas a persistência das grades da prisão da safadez

I see what you did, little bastard child
Você nem imagina e ainda se pergunta o porquê eu caí fora daquela velha fazenda
Nesse mundinho de laranja podre em que uma vida vale menos que uma pedra de crack
Ou um maço de maconha, ou o que quer que você enfie no seu corpo por onde você desejar
Você acaba tendo que reaprender a cuidar de si, quiçá renascer, criar asas novas
Pra voar até alguém, você, ou não, outro ser, ou só voar mesmo, é bom beijar o vento
No mesmo lugar onde um dia nossos esqueletos darão ósculos santos
ou profanos, depende de quem vê, e do poder do juiz em dar seu veredicto
Pena capital é nosso rumo inegável
Resta-nos fazer o que podemos para voar alto e cantar inda mais
Para nossa certeza final ser de que a morte nos levará, mas nunca levará nossa voz
 

- Que poema fecal esse... parece comigo... talvez com você.

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