Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Atentado Encefálico


Um abalo sísmico racha a existência humana
Eye candy... but not very beautiful
Marilyn Monroe... Leila Diniz... Cindy Crawford... Gisele Bündchen... até cairmos nas Frutas
Nunca a beleza esteve tão a preço de banana... ou menor, já que banana tá bem cara
Tá lá anunciando "mulher-caqui, mulher-sapoti, mulher-quiabo, R$ 1,00 a unidade!"
Delícia... Ai... que delícia!

1/10
Nossa miopia estúpida ainda vai nos cegar e nos fazer morrer de fome, de sede e na mão... de quem?
Exigimos o que não temos ou não queremos ou podemos dar, exigimos perfeição imperfeitamente
E assim nós cruzamos e descruzamos as pernas esperando que vejam nossas vergonhas e cliquem
Registrado a todos a imunda fapfapcataplam que move nossos membros superiores
E que nos hipnotizam, saliva cannabis sativa, ativamente entorpecidos

A história é um rodopio, um pião em torno do mesmo eixo de destruição
Dizem algumas que 99,9,%, não, 100% dos homens são traidores, são iguais e ponto e acabou-se
É muita burrice e falta de noção ou de capacidade dessas de sempre escolher tudo errado
E erroneamente ignorar que tantos de nós desistimos, afinal desistiram de nós antes das decepções
Alguns chamam isso de choro de rejeitadinho, friendzone, forever alone e essas expressões aí afora
Eu chamo isso de uma expressão vulgar, me desculpem de antemão: "saco cheio".

Nossa mania de dar esperanças em causas perdidas, mentiras sinceramente covardes
Medo de decepcionar que leva às piores decepções
Daí fingimos que nada aconteceu, que não sabíamos de nada, inocentemente culpados
Abençoada maldição que premeditamos e ditamos o ABC:
- A.maldiçoada B.osta C.adavérica!
Bocas cegas e dementes na lama, gritando no escuro para todo o sempre

Merdinha romântico. Bostinha sensível. Poeta de mijo... eu
Mas eu creio na voz dela, que me puxa do desespero, o poder da loucura, do amor, doce ave juvenil
A forja da minha alma
Me esquarteja, mas não exponha minha cabeça para os que se assentam no trono da religiosidade
Nem todos os números imaginários fariam o cálculo diferencial para tanta mesmice
Minha sina, carma, espinho na carne, quiçá marca de Caim, carrego a cruz sem saber até quando

Eu sou humano, carne e sangue, pó, barro, alguns diriam "macaco sem pelos"
Eu sou igual a você, mesmo tão diferenciado em tanto e tão pouco
Enganos inerentes, externados, um elogio a sã e coerente loucura contada como história versificada
Vida bandida... adida da embaixada do país de fracassos chamado "nosso coração"
Atrás do espelho há um poltergeist esperando para nos devorar
Ou apenas... (continua... ou não, talvez com uma boa audiência role sequência).

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