Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Crazy pras Onze

Skindô-lelê, skindô-lalá...
O que sobrou da beleza da bandeira corroída pelas traças dos corruptores e corrompidos do lado de lá
O verde amarelou, azedou, perigou de não ter mais metal pras moedas dos Judas cunhar
Fora daqui com toda essa mentira bonitinha pros que só acreditam na sua verdade
Inda que eu não teja lá bem certo se verdade tem nessa colcha de retalhos e entulhos

Quero muito, talvez seria o queria ou o quererei, não sei ainda dar a conjugação adequada
(Será que só quis e não mais?)
Cantarolar que "Eu digo não ao não e eu digo É PROIBIDO PROIBIR"
Mas me proibiram de proibir, me proibiram de dizer não a todos os nãos que dizem pra mim
Proibiram o amor de beijar essa boca herege, anarquista e solitária,
- esses lábios ressecados que só se hidratam com as raras lágrimas que sobraram pra rolarem aqui

Ainda ouço suas vaias - melodias aos meus ouvidos em busca da caosfera perfeita de volta
Antes do haja luz, só o Espírito pairava sobre a face das águas, nenhuma carne vã fedorenta
O amor reinava soberano contradizendo o ocultar dos rostos na noite infinda
Antes de tentarmos iluminar sozinhos com nossas lanternas de camelô baratas

Invejo os loucos...
... não precisam prestar contas a ninguém, a não ser - talvez - ao Gardenal que receitarem
mas nem mesmo ele seria suficiente pra aplacar o desejo daqueles que não perderam fé ou esperança
de que o tal de amor ainda pode reinar acima de todos os imbecis que acham-se reis
e que pode ainda assassinar o velho verme que causa desilusão, ódio, rancor e medo

No fim só eles sobrarão
Espero que me ensinem como ficar igualzinho a eles
Nesse mundo onde os sábios só fazem loucuras e cretinices, eu anseio por endoidecer de vez

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