Parte I:
A vida é feita de repetições
Tudo gira e volta ao mesmo ponto
Nada há de novo debaixo do sol
E tudo volta à estaca zero
(Recife, início de outubro de 2009)
Parte II:
Os anos passam, e essa verdade continua
Degradam-se os homens em suas realidades, universos paralelos e redomas sufocantes no vácuo
Pseudo-fés, crenças mais mortíferas que uma overdose de heroína
Dogmas mais alienantes do que viagens em LSD e ecstasy
Certezas mais erradas do que 2 + 2 = 5
Nossa (in)tolerância com os que vivem na escuridão é repugnante
A (in)constância que de constante só possui o prazer de um Jonas de ver Nínive pegando fogo
e todos os ninivitas pegando fogo, e nós com nosso sorriso no rosto
Profana santidade, mórbida imagem beatificada e canonizada de fariseus e saduceus hipócritas
Os que crucificaram no passado,
no presente negam extrema-unção, meio-mastro, um minuto de silêncio, elegias, missas de sétimo dia
Das cinzas às cinzas, do pó ao pó, da lama ao chiqueiro, do caos à terra sem forma e vazia
E no final continuamos voltando a devorar nosso esterco e arrotar camelos dos mosquitos que coamos
( ) <<<< O resultado final de todos é esse conjunto ao lado.
(Olinda, 17 de setembro de 2016, quase sete anos depois, concluído)
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