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terça-feira, 14 de março de 2017

Fã-tástica Solidão

O outono vem chegando derrubando as folhas
As águas de março encerram o verão e anunciam o congelar invernal
O congelar dos corações ao meu redor, e o meu
Meu gosto é o desgosto de sobre mim haver somente eterno desgostar geral

Há tempo pra tudo debaixo do céu, exceto pro meu relógio quebrado calendário rasgado
Duro é esse discurso, quem o poderia ler e dizer que é bonito
Bonito? Quiçá. Mas também triste
Espelho do meu semblante não-cativante ante o teu negativante não, a todo instante

Irrelevante, eu sei, mas a solidão, antes inimiga e também companheira
Hoje é uma doença terminal, indefinível se bem ou mal
Há quem agradeça hoje em dia e fuja de bem-querer
Eu só terminava de tirar as pétalas de minha flor perdida no mal-me-quer

A gente quer ser feliz sozinho, mas é uma burrice satânica
Deus em pessoa nos quer do Seu Lado pra Sua Felicidade ser completa
E criou homem e mulher para completarem-se, não para se acharem completos sozinhos
Completo? Eu? Sem você, jamais, serei só e somente só solidão imperfeita

Minha sapiência em saber que tarei sozinho forevermente
Não é um choro, é o temor da vida solitária
Não me importa se no fim todos morremos sozinhos
A vida só é uma morte diária pra quem não se dá conta da miséria que vive

Eu sei bem da minha

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