Mas taí um tremendo "defeito" meu: eu não gosto de indecência
Eu gosto de tudo certo, organizado, sem baratinos nem desatinos
Meu maior desatino mesmo é insistir ser partidário do amor verdadeiro em meio à tanta "curtição"
Nunca fui de baratinar, sinto muito não entender essa "fase" que umas dizem ter de passar
Eu não sou barato ao ponto de me entregar a qualquer pedaço de carne fétida e usada
Eu quero o que vale a pena, alguém que entenda o quanto doeu pra mim me guardar só pra ela
E não alguém cujo único sentimento seja pena - eu não tenho nem de mim, eu quero só amor mesmo
Poetas, infelizmente, costumam ficar pra trás nessa competição da vida
Parece que somos só sonhadores nesse mundo que tantas parecem querer menos que cérebro
Pra piorar, sei bem de mim, prisioneiro por vezes de repulsivos impulsos primitivos
Crédulo que quiçá um dia o amor apareça de uma vez por todas pra me libertar
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