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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Um Velho Perdido no Tempo e no Deserto

Os verbos "pegar catar meter ficar" e outros tantos no meu vocabulário não se aplicam à mulheres
Chamar de mainha e cuidar dela, pedir bênção pros pais, convidar pra sair, jantar a luz de velas
Aprender coisas novas, fazer o que outros diziam não, ajudar no necessário pro bem estar de dois
As coisas que fazemos, será que valem o tempo, será que valem o preço?
Eu faço valer a pena cada bendito respirar, cada fôlego advindo do céu
Será que cê saberá aproveitar cada pedacinho do nosso relógio da vida?

Certa vez uma amiga me afirmou sem duvidar que um dia eu riria de tudo isso
Seria feliz ante a esse sofrimento todo de anos de miséria sentimental
A gente se torna tão estúpido quanto a estupidez que a vida nos faz... pra que?
Machucamos quem só quer nos ajudar por conta de imbecis que nos feriram antes
Queremos calar os que cantam "Spread your wings and fly away, fly away, fly away..."
Tentando devolver com juros e correção monetária a conta das desgraças que ferraram nosso coração

Deus me perdoe, se Ele ainda quiser, espero que sim, torço, imploro, me humilho a tanto
Não por ainda talvez sonhar e poder sorrir de verdade nesse deserto miserável que estou quarentando
Apenas por ser um ingrato o qual ignora toda Sua fidelidade até quando a minha inexiste
Mas não faz mal, eu sei, ainda querer desse monte olhar uma Canaã já aqui e um dia uma maior lá
Encontrar alguém que ainda valorize esse diamante bruto que meu coração virou e o lapidar
Ver se lá dentro escondido ainda existe aquela criancinha que sonhava em pra sempre AMAR

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