Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Caminho Novo nas Campinas de Aldeia


Não mentirei, pois o cantarolar da minha mente é esse muitas vezes:
"Mulher, eu quase não consigo expressar
Minhas emoções confusas em minha negligência
Afinal de contas, estou eternamente em dívida com você.
E, mulher, eu tentarei expressar
Meus sentimentos interiores e gratidão
Por me mostrar o significado do sucesso"

O desejo de ter alguém pra quem cantar isso tudo
"Eu preciso de amor, não de uma prisão sentimental"
De quebrar os grilhões, os aguilhões, as paredes desse Muro de Berlim
Não depender do sorriso de líderes engravatados ou de batina para saber que o Senhor também sorriu
"Eu preciso de Deus, não dessas politicagens das igrejas"

Pessoas se conformam com pedaços da verdade... com pedaços de mentira
Pessoas se conformam com o que lhes deixam confortáveis, valendo a pena ou não
Pessoas não se conformam quando o peso da verdade por completo cai sobre elas
Pessoas não se conformam quando a mentira as sufoca, as afoga e as carrega em seu redemoinho

Mais um trago nas ladeiras de Olinda, em algum daqueles bares do lado do Carmo
Mais um que trago cheio de ilusões, dos fardos das promessas de Ano Novo que viraram fogos de artifício no céu
Das discussões filosóficas, ideológicas ou partidárias só trago um monte de blá-blá-blá
Estrago no entrave dessa minha consciência inconsequente delirante
Meu subconsciente apenas grita em silêncio aqui dentro:
"Baby, eu amaria se você me quisesse
Do jeito que eu quero você,
Do jeito que devia ser..."

Numa alegria que dura mais de que quatro dias ou até a ressaca acertar em seu cérebro e seu corpo
Numa harmonia que vai além das sete notas de uma canção de orquestra numa Cantata Natalina
Num saborear além do azedume salgado, amargosa doçura agridoce e insossa, muito além
Num clarear bem além do pisca-pisca estelar, dos megatons implodindo no astro solar
Num perfumar acima das essências dos jardins de jasmins e gardênias reais ou artificiais da perfumaria
Num tatear deslizante, aconchegante, suave e macio, rolando pelas campinas de Aldeia

É só essa folia que eu queria, agora e sempre, pra mim e você.

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