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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Degelo dos Corações (Primavera)


"Longa vida à nova carne", um dia quererei eu dizer
"Amor entre as ruínas", é isso que quero construir
"Amantes em tempos perigosos", desejo ser eu e você juntos
Deixar pra trás o que não importa mais, vamos assim fazer

Gritar que a guerra acabou
que nossas cores não nos diferem, mas nos tornam partes da aquarela humana enfim
que ninguém mais vai se importar em ter mais do que ninguém mais
nem precisaremos criar novas crenças para aumentar os erros das primeiras

Vamos juntos começar por nós e não esperar deitados pelo sonho se realizar
Nem precisaremos destruir nada do que foi conquistado em nome de revoluções ou religiões
Nessas horas cantar "Imagine" não é um paganismo ou humanismo tolo
Nada mais tolamente humanista que a hipocrisia religiosa que é regada pelo egoísmo e pelas posses humanas e temporárias
Continuamos a alimentar traças e ferrugens
Continuamos a minar e roubar o amor verdadeiro em nome de nós, em nome de algum deus que não é Deus algum

A beleza dos olhos é o veneno do coração
A beleza eterna aflora dos olhos dispostos a se fecharem e apenas perceber os gestos de sinceridade
Observar atentamente com o foco correto nos fará ir além do nosso olhar, além do espelho
Onde o tesouro mais precioso e indestrutível espera a primavera
Para os que entendem quão belo é o amor poderem se perfumar sem parar

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