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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Cinzas Inúteis


Eu não preciso da ilusão religiosa
Nem do singular ateísmo
Eu só preciso de saber que o Amor existe e não nos deixou,
ainda que o ódio diabólico continue sentado num trono passageiro.

Nada me deixa mais com medo do q perceber lentamente minha capacidade mental parecer que se perde e se dilui em meio à grama de desprezo e lixo que cresce ao meu redor.

Precisei me matar muitas vezes para entender como é difícil viver
Se Deus está morto, esqueceram de me convidar pro velório e pra missa do sétimo dia
Talvez você que está lendo que não notou
Mortos estamos nós

Pessoas desperdiçam a palavra paixão para satisfazer suas carências tolas e infantis
Pessoas jogam a palavra amor no ar sem ter ideia de que podem imbecilmente magoar
Pessoas não fazem ideia de que a palavra amizade não merece ser humilhada no egoísmo nosso
Pessoas transformaram a palavra beijo em uma amostra grátis da morte de todo sentimento real
Pessoas tornaram a palavra sexo um simples ato de satisfação egocêntrica invés de um tesouro escondido e valioso
Pessoas... ah, nós, pessoas...

Na verdade, revendo a segunda estrofe desse poema
Acho que na verdade é a capacidade mental de todos que está virando cinzas inúteis de cadáveres insensíveis.

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