Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Murmurações de São Valentim (ou de Santo Antônio, vai saber)


Por mais que eu mude o foco dos meus olhos
 Eu ainda choro
  E chamam isso de carência
   Chame do que quiser
Dói em mim, não em você
 Dão fórmulas mágicas pra me livrar de você
  Mas só acredita nisso quem é tolo
   Você pode acreditar em Deus, mas não garante que Ele creia em você
Tudo é mais simples quando são os outros que estão morrendo
 "Você gosta de forçar sofrimento, solidão, carência"
  Viva um dia na minha pele e você cometerá suicídio em meia hora
    Sim, é ruim pra cacete, não faço ideia do que diabos (ou o inverso dele) me mantém vivo ainda
Estudou muito pra viver preso em um computador
 Escrevendo versos de dor para audiências sorrirem igual palhaços nas arquibancadas do circo
  Se esse verso anterior te ofendeu, eu quero que você vá à merda, agora se ofenda direitinho
   Não me interessa se sua dor é "maior" que a minha, a minha continua doendo pra cacete aqui

Escravo de mim mesmo
de meu orgulho tolo
ou de Seu silêncio assassino
que prefere continuar a me deixar morrendo ao relento
como um Adão que perdeu a costela em vão
e morre de hemorragia aguda em pleno Jardim do Éden

Não quero pagar de Jó
Até porque ele teve o que perder
Já eu nunca tive nada mesmo
Nem uma infeliz que odiasse meu bafo ou desejasse que eu amaldiçoasse a Ti
Nem mesmo vou fingir ser justo e não merecer sofrer
Mentir é uma coisa que eu faço tão mal que nem poesia sei fazer direito

Sai pra algum lugar pra ir pra lugar nenhum
Leia os livros que você gosta pra continuar em círculos
Coma fora pra ficar com congestão e precisar de sal de frutas
Beba um pouco pra dor de cabeça da ressaca te relembrar a vida de merda que é a sua

Eu recomendo
Vale a pena
  1. Se embriague;
  2. Cuspa toda a bebida com seu vômito;
  3. Aproveite e jogue fora seu coração junto
  4. Morra
Que belo final, um clímax digno de Hollywood!
Talvez seja a sina, minha sina final, ser escravo de impulsos interiores que jamais se satisfarão
Apenas se iludirão pra sempre igual espectadores de shows de David Copperfield

Run to the Hills... a censura está chegando pra cortar fora met... des... poe...

Esse poeta é um falastrão
Ignorem os versos acima
Ele é reclamão demais
e só

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