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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Transmissão Interplanetária (Meu coração para o seu)


A Lad Insane... um cara louco...
Assim me definem eu e toda a multidão ao meu redor
Na espera e costeira de uma paixão ou re-ilusão
Os furacões têm nomes de mulheres, talvez seja um prelúdio, não sei, do que viveria eu
Arrasem com a minha cidade, tão orgulhosa, em seu lugar alto desabar
O centro do mundo acabou de se deslocar de mim pra você
O Polo Norte que minha bússola pirou para me jogar até aí

Insanazul da cor do céu e do mar que não para de me jogar com suas ondas para beijar as pedras da costa
Sem freio de mão desço ladeira abaixo. Esqueço de ligar para o resgate me carregar
Ou ao menos dos meus pedaços que sobrarem tentar fazer algum novo eu
Me reinventar, não como um camaleão, mas criar novas cores no planeta, um novo arco-íris
João-Teimoso, João-Ninguém, João-Sem-Terra, João-Alguém, João-Pessoa, Eu
A tela azul da morte ainda não foi o suficiente pra calar minha voz inflexível

Nenhum de Nós contou as Rotações por Minuto que persistimos em nos prender
Nas décadas que nos separam, não impediram de um dia nos colarem em novidades antigas
Eu não valorizo a beleza Playboy, ainda que tantas valorizem a beleza Capricho
Tchans e Afãs, os fãs dessas tão míseras ilusões infestam a sociedade
Centopeias humanas? Espero estar fora dessa experiência insana auto-induzida
Eu prefiro derrubar os muros de Berlim e do outro lado te encontrar, mylady

"Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada os afaste
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia"

Eu olho-me no espelho, e o que mais mudou em mim ele se recusa a mostrar
No fundo, além do reflexo talvez esteja tudo no mesmo lugar, sei lá
Esqueceram de avisar que meu tempo é contado, até meus poemas são adiantados
Podem ser meu epitáfio, pode ser meu testamento da minha ausência de bens
Bem-me-quer, mal-me-quer, nem eu me quero bem dizer, nem bem nem mal

Minhas fotos são o atestado de uma felicidade que talvez seja do tamanho do próximo verso:
.

(E ninguém faz nenhuma questão de me ajudar a me livrar desse ponto final minúsculo que me limita)

A razia, o saque, a pilhagem, pirataria, corsários e bucaneiros
No meu castelo não deixaram nem restos nem rastros de meu tesouro guardado pra você
Continuam a constantemente me deixar vazio, somente o lamento do meu ex-ser
Como um Conde de Monte Cristo sem honra, aprisionado à traição
Fazer pouco caso de mim é desse circo dos horrores a nova atração

Infiro os meus desejos mais ardentes e fluentes
Negligencio todo Super Bonder usado para consertar-me em todas as caras quebradas
Grito para o Sistema Solar, vai que nesse vácuo alguém de algum jeito me ouve
Repito todos os pedidos de amor e carinho que guardei naquele armário esquecido lá no porão
Insisto nesse ideal, o de conquistar a você, ao te encontrar me encontrar também por aí
Defiro minha sentença: Morte por não parar com o anseio do tal do amar

E nem todos conseguem ler bem a quem eu acabei por me ingressar nessa viagem insólita
Não chamei mesmo nenhum intérprete para aporrinhar-me ou me adequar em regras
A regra que mais desejo me encaixar me guia pra seu compartimento secreto
O coração pulsante e o pulsar do quasar que rebrilha no seu olhar
Quando me ouve, quando me lê, quando me descobre, retira meus lençóis e vendas


Me possua, sem direito de devolução
Afinal, também não penso em algum dia te lançar de mão

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