Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Desvio Cruz-Credo de Dois Mil e Quinze Quilos


"O dinheiro e a pilantragem andam de mãos dadas
Feito manteiga no pão"
880 possibilidades que no somar das importunas oportunidades de cá
Num dá pra ser possível de fazer é nada

Minha calma espiritual imediata parece artigo da feira da fruta
E os cidadãos da mata se perderam na selva de pedra
Nessa tribo de canibais que jogam uns aos outros no lagar
Pra pisotear e beber um bom vinho de veias e artérias de uma vide de carne
Embriagar-se de sangue, sanguessugas no teatro dos vampiros

C.ompleta P.rova de M.aracutaia F.ederal algo nos diz que voltará
O último que morre sempre é o herói, o cabra que não teve tempo de correr
Do arrastão que vem de Brasília, ou da Brasília Teimosa, quem sabe
Rastapé cataplam catimba tola que num passa de gente pulando de branco no mar

Retrospectiva de dois mil e quinze anos diferentes e iguais em tudo
Rixas, rusgas, muitas rugas, pés-de-galinha e carnes de pescoço
Heavy metal setentista, born to be wild, paranoid Iron Man
No more mr. Nice Guy, you can Jailbreak to the Highway to Hell
Estou perdido, eu sei, easy livin' bat out of hell I am
Vai que descubro como dar o fora dessa Bastilha

Ódio e calúnia, Opus Dei, Deus le Volt ex Machina
Homens brincando de juízes, espadas de Alá ou de Elohim na mão
Não avisaram ao Senhor nem têm autorização nenhuma para sua inquisição
Estou cansado, e tenho dois mil e quinze quilos nas costas
Não sei se aguento a próxima carga da Via Crucis moderna
Yeshua ainda clama
"Perdoa-os, não sabem o que fazem"

Continuamos sem saber... até quando? 

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