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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Mar de Esfinges


Corações... eternas joias enigmáticas
Desvendá-los, desafio dos mestres
Paciência de jogadores de xadrez
Desembaraçar nós e camas-de-gato
Mapas antigos, astrolábio nesse oceano
Mar de esfinges belas que mal se revelam

Algumas nos devoram
Sem dar-nos oportunidade alguma de as decifrar
Destroçam nossas esperanças
Por puro prazer de provar nosso sofrer

Mas existe nesse mar tão extenso
Aquela esfinge especial que te espera sei lá como
Que saberá te mostrar com carinho
Os caminhos para habitar no seu coração

Abre-se o mar para transpassarmos até a terra prometida
Onde as uvas são maiores e mais doces que do mundo todo
Mel e leite escorrem das montanhas, carneiros brincam de escalar
Enquanto saltarei pelos montes ao seu encontro, minha esfinge
Que no afã de te decifrar você me decifrou, me revelou
Desvendou os míopes olhos meus para a imensidão dos seus
Me permitiu mergulhar no seu mar, te respirar
Enigma, fechadura aberta só pra mim e ninguém nunca mais de novo.

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