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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Reflexões de Vida (Refrações da Morte)


Pra falar a verdade
O suicídio parece uma opção
Muito errada e muito covarde, é verdade
Mas não encerra sua existência
Apenas encerra a de quem toma seu cálice
Ou seus comprimidos
Ou deixa seu sangue escorrer no ralo do banheiro
Ou seja lá que CFCH ou outro prédio qualquer você decidiu voar sem asas

A dor e o desejo de não sentirmos mais dor
Expostos nas cartas de despedida
Nas canções tristes no seu MP3 Player
Nas fotos rasgadas e queimadas no chão
Nas paredes pintadas, estátuas e cofres também
ou na pintura insanamente vermelho escarlate na calçada à nossa frente

Pra ser honesto não sei se teria coragem ou loucura ou sei lá
De viajar nesse destino sem volta
Cuspir no fôlego de vida vindo lá de cima com amor
Por conta do desamor ao nosso redor, que tolice
Tão tola quanto a do ébrio se embriagando num bar de São José
ou do garoto na esquina da Rua do Príncipe sorvendo cola
ou dos jovens que esquecem dos problemas criando novos
enquanto fumam seus baseados assentados nas praças de Olinda

Suicidas coletivos
Tantos de nós assim somos
Só em confiar em tudo, menos no Criador de tudo
e na nossa vida dada por Ele, para superar a dor
E não deixar a morte viver dentro de nós
Mas deixar a vida matar a morte todos os dias
E ainda que um dia a morte realmente venha nos beijar
Saiba que o calor da vida nunca parou de queimar dentro de nós
"Agora vejo em parte, mas então veremos face a face"

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