Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Frias Águas de Frescor


Ainda segue firme na minha memória aqueles tempos passados
Em que no velho Voyage branco passeávamos tão felizes
Isaura Carneiro da Cunha, ruazinha aconchegante
Cruzando como tantas a grande Regeneração
Numa casinha de muro de pedras, lá estava vovó
E sua cadeira de balanço que eu disputava pra me assentar
O caminho no meio do jardim onde com minhas primas brincava
Casa grande, com muito espaço e até beco pra pique-esconde
A velha cafeteira que um dia vovô fazia suas tardes
E tomar banho por lá, em dia de calor, ah que frescor!
Chamar aquele bairro de Água Fria fazia todo sentido
Mas era alívio certo pra quem queria relaxar
E comer naquela velha mesa de madeira antiga e conservada
Inté numa rede no quintal se balançar

Ah que saudades que me dá!
Quando tanta coisa era tão mais fácil
Mentira era coisa de novela
E o amor não era pura encenação
Era só eu no colo da minha querida e saudosa Eni

Nenhum comentário:

Postar um comentário